Nobody

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- Estou? - atendi o telemóvel já que podia falar com as pessoas através do carro

- Jendeukie? Pasta? - a voz de Jisoo fez se presente no carro - Acabei de falar com o diretor já que as duas detetives não conseguiram retirar nenhuma informação do mesmo. Mandei-as ir interrogar os funcionários da escola.

- E o que é que ele te disse?

- Ele disse que o Sr Martin deu muitos problemas ao diretor e á escola, já que houve uma vez que ele partiu o vidro que continha todos os troféus da equipa de natação. Ele atormentava muita gente por isso não há ninguém em especial. A vítima tinha dois amigos muito proximos, mas o diretor não se lembra dos nomes. Estou na escola, a entrar na sala do diretor, porque eu pedi-lhe os nomes mas estão no computador

- Ok, nós vamos agora interrogar o Bartender. Até já CHEFE - gritamos as duas ao mesmo tempo

Jisoo riu e desligou o telemóvel.

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O bar tinha um aspeto antigo. O sinal de néon era claramente antigo e a madeira desgasta era bastante visível. Mas apesar das más condições por fora, não se podia dizer o mesmo do interior. A madeira não estava desgasta, aliás, tinha sido recentemente pintada. As bancadas eram de pedra e os bancos pareciam bastantes confortáveis. Todas as escolhas possíveis de garrafas estavam alinhadas e apesar do bar estar cheio, não havia uma única ponta de sujidade. Havia empregados a servir bebidas às mesas, o que não era muito habitual já que o normal costumava ser os clientes irem buscar a sua bebida. Por aquilo que estava a observar, também serviam sandes aqui. As luzes iluminavam bastante o sítio e eram todas da mesma cor. A música alta era um pouco incomodativa, mas ao mesmo tempo aconchegante. A única coisa que me incomodava era a cabeça de alce presa á parede:

- Amor? - Rosé interrompe os meus pensamentos - Tudo bem?

- Sim sim babe - beijei-lhe a mão fazendo-a corar já que eu não costumava demonstrar muito o amor que sentia por ela enquanto trabalhavamos. Era algo que deveria começar a fazer mais - Quero que saibas que te amo muito

Ela olhou para mim com um olhar que não consigo descrever. Um olhar que continha paixão e carinho e alegria e... amor:

- Também te amo - ela separa as nossas mãos - Mas eu ainda quero o meu orgasmo

- Roseanne! - ri com a seriedade dela

Ouvi uma risada. Olhei para a pessoa que produziu o som e percebi que era o Bartender. Ele estava a rir de algo que uma senhora loira estava a dizer.

As melhores amigas realmente tinham razão. Ele não era assim nada de especial. Estava de camisola de manga á cava o que acabava por mostrar os braços bem trabalhados. Ele usava óculos e parecia ter 35 anos. Não conseguia ver apartir de metade da barriga para baixo já que este se encontrava atrás da bancada, agora, a servir bebidas. Mas algo que talvez tenha conquistado a Sra Martin era o sorriso. Este tinha um vasto sorriso que devia ganhar muitos corações. Mas o que mais me chamou á atenção foi o facto de ele ter o braço queimado.

Do nada, Rosé agarra os meus braços e puxa-me para um beijo quente onde os nossos lábios se encontravam a meio de uma luta de poder:

- Já te disse que és minha - ela disse apontando para o Bartender - por um momento achei que tinhas mudado de equipa

- Para quê mudar de equipa quando tenho uma sereia ruiva como esposa?

Ela deposita selinho nos meus lábios:

Be CarefulOnde histórias criam vida. Descubra agora