4

1K 87 3
                                    


— Que vergonha!

Desde que Juna chegou em casa, começou a se martelar mentalmente por ter fugido da floricultura. Era apenas um garoto. Nada de mais.

— Juna — disse consigo mesma em frente ao espelho, seu grande amigo em momentos de confusão (ou qualquer outro momento, talvez todos) — Você estuda com várias pessoas do sexo oposto todo dia. Sem medo.

Com um puxão de ar, mais um grito silencioso de frustração.

— Qual o seu problema? — soltou o ar.

Estava tão irritada por fugir das coisas sempre que estava difícil. Ela era uma covarde que não gostava de encarar os problemas que envolviam outras pessoas. Era tão difícil, mas nada é impossível.

Além do mais, o que o menino iria fazer com ela? Gritar? Dizer "Oi garota da minha transa."? Obviamente que não.

Então, por que diabos correu? Só passou mais vergonha ainda.

— Eu sou uma idiota. — essa era a conclusão mais óbvia a se chegar.

***

— Jungkook-ah!

O sorriso da mãe de Jungkook estava tão grande. Fazia tanto tempo que seu filho não ia para Busan.

Agora ele era um homem ocupado, com suas próprias responsabilidades, sem tempo de ir visitar sua família.

Logo, entregou à mais velha as graciosas flores que comprara horas antes junto com um abraço apertado.

— O que eu faço com você? Hum? Está tão crescido... — acariciou os cabelos negros do filho.

— Aigoo... — riu da feição de choro da mais velha — Como vai a vida, mãe?

— Bem melhor agora.

[...]

A visita de Jungkook era tão prazerosa. Seus pais o enchiam de atenção e carinho, mesmo ele não sendo mais aquele pequeno garotinho com cabelos em formato de tigela.

O que os dois mais amavam no mundo era a família que construíram. Seu primogênito chegou pouco após, com sua namorada.

SooYoung era uma garota formosa, educada e com cabelos finos e curtos. Era alta e era dona de um sorriso angelical.

Jungkook ainda não havia se encontrado com a mesma e no momento em que a viu junto ao irmão mais velho, percebeu que eles não estavam juntos à toa. Aquilo, as mãos dadas e os abraços ladinos, estavam cheios de carinho.

Recaídas de relacionamento são piores do que de bebidas. Ele estava pensando na Lee novamente. Era inevitável. Não poderia esquecer os bons momentos que tiveram juntos e isso o afetava muito sempre que via um casal feliz, onde quer que fosse.

— Jungkook!

Um estalar de dedos a sua frente o assustou, já a risadinha de seu irmão, JungHyung, o irritou.

— O que?!

— Aish... Eu estava falando com você. — negou — Na verdade, estava tentando falar com você, Kookie. O que aconteceu?

— Lee TaeRin.

— Vocês terminaram faz quase três meses, dongsaeng. Não pense mais nela.

JungHyung sabia que o caçula estava mal, pois sempre que gostava de algo, gostava de verdade e um coração partido o destruía lenta e dolorosamente. Jungkook sempre presou muito a paixão, o sentimento e o amor. Desde pequeno, queria que as pessoas fossem movidas por amor e carinho.

— Não consigo, hyung. É mais forte que eu. Sabe? É como se fossem memórias minhas espalhadas nas pessoas para me fazer lembrar do nosso namoro.

— Você só não aceitou perder a garota dos seus sonhos para um merdinha. Supera isso, hum?

— Isso o que?

— O seu orgulho. — o mais novo lhe encarou incrédulo — Pare com essa cara. Nem sempre você vai ganhar, mas pode receber algo muito melhor em troca. Não se destrua por algo pequeno. Você ainda precisa receber o prêmio.

— Wow, a noona fez muito bem para você. Tão filósofo.

— Yah!

— Deixa eu te perguntar algo? — com a afirmação do mais velho, ele continuou — Ela te obrigou à ler livros?

Os dois se voltaram a ser duas criancinhas, com direitos à tapas fracos e gargalhadas ecoando pela casa.

E os três que estavam pondo a mesa para o jantar, riam discretamente das atitudes dos irmãos. Eles possuíam uma relação maravilhosa e qualquer um conseguia notar isso.

***

O dia de inauguração da 7Dreams tinha chegado e como o bom empresário que era, KiWoo havia chamado vários repórteres conhecidos para ajudar a espalhar a notícia do novo negócio.

— Bom dia à todos. — começou seu discurso no centro entre os sete jovens garotos — É com muito prazer que abrimos este novo negócio entre a KW Company e estes novos empresários. Esta Academia é o botão de começo á grandes sonhos e como a nossa amada Coréia é um centro enorme de expressão, nada melhor do que um lugar onde os sentimentos são livres e leves. Hoje é um começo grandioso para todos da 7Dreams e também para qualquer um que queira fazer parte desse mundo de cores e magia. E sim, digo magia, porque estamos em um lugar mágico que realiza sonhos e entrega um pouco de si para cada pessoa que passa pela porta de entrada. Aqui se inicia uma nova palheta de sentimentos e esperamos que todos possam senti-la. Obrigado.

Emocionados e com olhos marejados os garotos começam a aplaudir o responsável pelo grande feito como todos os outros presentes.

Era tudo o que queriam, sonharam e imaginavam nos seus melhores sonhos. Estava do jeitinho especial deles com um toque de carinho em cada célula daquele grande prédio.

O esforço de todos contribuiu para a formação dessa formosa estrutura que estava, enfim, de portas abertas.

Os trabalhos realizados pelo Sr. Kang eram sempre muito bem sucedidos e esperava que este também fosse. Ele estava pondo muita de sua força e fé ali para obter mais um contrato bem feito.

▪️▫️▪️

—>Busan é uma cidade coreana.

Olá pessoas, vocês estão bem?
Espero que tenham gostado do capítulo e que continuem comigo 💜
Amo vocês por estarem aqui, acompanhando meu trabalho
E se puderem, votem e comentem os seus pensamentos
Beijinhos de luz e até o próximo capítulo 💫🌟

Apenas uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora