Apenas uma noite

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— O que será que aconteceu? — pensou alto.

— Sobre? — Hoseok pergunta se juntando ao amigo no sofá, com um pote lotado de cereal.

— Não, nada. — olhou para as mãos ocupadas do outro. — Sem leite?

— Com leite, perde a crocância. — riu e voltou o olhar para a tela da TV.

"Ahh, estava tão animado...", Jungkook pensou. Já estava com o planejamento feito e infelizmente teria que remarcar tudo. Era triste não poder vê-la e mais triste ainda, não saber o que tinha acontecido.

A resposta tão vaga da garota de cabelos escuros. Estava doente? Ou talvez teria sido uma desculpa para não sair com ele? Uma vingança por ter lhe acordado de madrugada para fazer o convite? Estava indo rápido demais?

— Você vai sair amanhã? — Namjoon perguntou logo que entrou na sala.

— Não mais... — suspirou — Precisa de ajuda no trabalho? — balançou a cabeça em concordância. — Ok, depois das aulas passo no escritório.

— Obrigado.

O mais novo se levantou do sofá e foi para o quarto. Uma visita surpresa seria muito? Seria legal para ambos, não é?

***

A noite passou e sexta-feira tinha chegado. Mark iria para a faculdade? Ele estava bem? Nenhuma notícia dele foi entregue.

Angustiados, os cinco decidiram não falar nada sobre o assunto. Era algo tão sensível que nada deveria ser dito, a não ser que Mark pedisse ou perguntasse. Seria melhor assim.

O fato de ter amigos tão próximos ao ponto de sentirem a dor dos outros era complexo demais. A convivência tinha seus prós e contras.

Apesar de tudo, Mark apareceu. Levemente atrasado e desajeitado.

— Mark! — os amigos acenaram antes de passarem pelo portão.

— Cheguei. — se abaixou com as mãos nos joelhos e respiração forte. — Mas um pouquinho e eu perdia a primeira aula. — sorriu daquele jeitinho que só ele tinha.

Confusos e cheios de curiosidade, porém alegres por aparentemente estar tudo bem, todos entraram e foram para suas classes.

Era real, Mark estava muito bem na verdade, porque tudo isso aconteceu: 

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02 de agosto, quinta-feira

— É o aniversário de 20 anos do meu filho, não posso vê-lo?

Seus amigos se entreolharam e cumprimentaram aquela mulher. O que diabos ela fazia ali depois de tanto tempo? Ela não se envergonhava de nada? Ela não tinha peso na consciência depois de largar a família para fazer sabe-se lá o quê?

— Mark, nos ligue depois se precisar, acho que deveria conversar com ela. — EunJi disse colocando a mão em seu ombro.

— Ah... Tudo bem... nos vemos depois. — disse baixo, estava muito difícil conseguir raciocinar direito.

Ele não sabia se ficava feliz ou com raiva, se fugia ou gritava com a mais velha. Ela era uma mãe horrível, porém ainda era sua mãe. Pais são difíceis de negar e rejeitá-los, não porque não tenha motivo suficiente, mas os laços formados com eles são eternos, não tem como trocá-los ou deixar de ser fruto de tais.