Apenas uma noite

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Quando o Sol surgiu por entre as cortinas do quarto da Kang, ela já estava quase pronta para sair. Hoje era aniversário do Mark e como nos outros anos, um bolo sempre era levado para a faculdade e passavam o dia juntos. Todos chegariam mais cedo para cantar parabéns e comerem, portanto tinha que estar pronta para sair o mais rápido possível.

Sim, era extremamente cedo, e não, não havia necessidade caso fosse outra pessoa, mas sempre se enrolava escutando músicas ou trocando de roupa várias e várias vezes. Essa era a Kang Ju-Na, enrolada, atrasada e estabanada.

Logo que terminou de por seus materiais e pertences pessoais na bolsa, pegou a chave do carro e seguiu caminho até o campus.

Jackson e as gêmeas já estavam lá, pois eram os encarregados da vez por comprar o bolo, velinhas e arrumar uma das mesas do refeitório. A toalha posta tinha vários rostos, todos do Lee — certeza que EunHa era a "culpada" por ela — e algumas flores decorando junto com um porta retrato dos seis.

— Quem deu a ideia para a toalha? Ficou maravilhosa.
— Quem você acha Juna-ya? — EunHa, que estava pondo as velinhas, perguntou.
— Jack?
— Bingo~! — o Wang respondeu colocando um chapeuzinho na cabeça.

Após alguns minutos, Hani chegou cobrindo os olhos de Mark e o levando onde os outros amigos estavam. Logo que tirou as mãos do rosto do maior, todos começaram a cantar:

— Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida!!! Feliz aniversário Mark!!!

Após assoprar as velas, muitos abraços e beijinhos carinhosos foram dados e recebidos. Definitivamente, era uma coisa simples, mas esses momentos sempre ficavam guardados na memória, na seção da felicidade.

— Fez um pedido?
— Claro! Mas é segredo... — sorriu. — Obrigado, de verdade.
— Não há de que donsaeng.
— E essa toalha... — jogou a cabeça para o lado — sério, daebak! — fez joinhas com ambas as mãos.

Após cortarem e comerem o bolo, conversaram sobre onde almoçariam e o programa para depois das aulas. O dia seria de sol, sem chance de chuvas e Mark queria muito ver as estrelas, assim, decidiram marcar um churrasco na cobertura.

Para ele, as estrelas mais brilhantes o guiariam para a felicidade, já que uma delas era seu avô, já falecido há alguns anos.

Depois daquele breve encontro na parte da manhã, encontraram-se novamente para almoçar, porém nenhum deles tinha contado com uma presença inesperada. 

— O que... Por que....

Marina Lee. Quarenta e cinco anos. Mãe de Mark. Alguns anos depois do nascimento do filho, fugiu e desapareceu.

— É o aniversário de 20 anos do meu filho, não posso vê-lo?

Todos ali se entreolharam e, por fim, cumprimentaram a mãe do amigo. Todos sabiam que a história da família dele era complicada, portanto não faziam muitas perguntas e não gostavam de tocar no assunto para não chatear Mark. Mas agora, era inevitável. Era a primeira vez que a viam e, para Mark, ela só era uma lembrança. Mais de 10 anos sem se verem ou terem algum tipo de contato e, ainda assim, ela surge como se nada tivesse acontecido. Ela era corajosa e totalmente sem vergonha.