Not fall into the charms of Styles

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Depois da visita de Zayn decidi por fim dar uma brecha e deixar de ser tão carrancudo como eu estava sendo, claro, que eu ainda não vejo graça em continuar vivendo com uma merda de um câncer incurável onde eu não posso passar mais de 15 minutos em pé sem estar quase morrendo por falta de ar. Eu estava tentando mudar, sorrir mais e não trazer tanta preocupação ao meu pai como eu trazia antes, tentando suicídio, vou deixar o meu tempo chegar sem apressar nada, cada coisa no seu tempo.

Hoje era Segunda Feira e eu amo segundas feiras porque simplesmente fico dentro de casa assistindo intermináveis capítulos de The Walking Dead. Mas agora isso iria mudar, vou passar a frequentar um colégio e eu não estou muito empolgado com isso, não quero pessoas me olhando torto e implicando comigo como eu sei que vai ter. Mas vejamos pelo lado bom, meus amigos irão estar lá... Bom, amigos eu estou falando Zayn e Niall, talvez Liam, mas acho que ainda é cedo para considera-lo como um.

Também tem Harry, o lindo garoto de cabelos cacheados que eu não consigo nem um segundo sequer tirá-lo da minha cabeça. Quando ele foi embora da minha casa, não parei de pensar nele nem por um segundo, até sonhar com ele eu tive a honra -ou nem tanto. Eu estou ficando louco, aquele garoto está me deixando um completo louco e eu não sei o porque.

Levanto preguiçosamente da minha confortável cama e vou para o meu banheiro, faço minha higiene pessoal e tomo um banho rápido, visto meu novo uniforme e vou para a cozinha logo sentindo o adorável cheiro de bolo. Entro no cômodo e encontro uma mesa farta com bolos, pães, sucos e meu pai sentado lendo o jornal.

- Bom dia pai. - Lhe dou um beijo na bochecha e me sento ao seu lado.

- Bom dia Louis. - Sorri. Começo a me servir de tudo o que eu tenho direito. - Animado para ir a sua nova escola? - Abaixa o jornal e me encara sorrindo.

- Estou, será uma experiência muito boa. - Sorri e mordisquei um pedaço de bolo que estava uma delícia.

- Espero que você não tenha um de seus ataques no meio da aula. - Meus "ataques" é quando meus pulmões se enchem de líquido me impossibilitando de respirar, mesmo com a ajuda do meu tanque de oxigênio.

- Nah, eu não tenho esses ataques faz quatro anos. - Falei ajeitando minha cânula que insistia em escorregar.

- Mas isso não significa que você nunca mais irá ter. - Mordi outro pedaço de bolo.

- Pai relaxa, eu estou bem. - Sorri

- Se você insiste - Deu de ombros sorrindo para mim - Agora vamos porque você não pode se atrasar no seu primeiro dia de aula. - Assenti levantando e pegando minha mochila.

[...]

O carro do meu pai estava estacionado em frente ao enorme portão da minha mais nova escola. Adolescentes entravam e saiam dos enormes portões, pessoas conversando e rindo, pessoas fumando. Eu acho completamente ridículo pessoas que fumam, eles precisam valorizar mais os seus pulmões, se soubessem como é um inferno não poder respirar tenho certeza que não dariam nem um centavo para essas empresas malditas que produzem cigarro.

Dou um beijo na bochecha do meu pai que me lança um olhar me desejando "boa sorte" e saio do carro puxando meu tanque logo entrando na minha nova escola.

Passo pelos enormes portões e percebo logo que algumas pessoas olhavam para mim com olhares estranhos, alguns com olhares curiosos e até alguns me olhando com nojo, pois é nojo.

Procuro Zayn tentando bloquear todos esses olhares voltados para mim, começo a caminhar pelo enorme pátio a acabo esbarrando em alguém.

- Mas que porra, você não olha por onde anda. - De longe poderia reconhecer essa voz rouca e perfeita.

Privilege Of CancerOnde histórias criam vida. Descubra agora