MINHA BREVE TRISTEZA

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MINHA BREVE TRISTEZA

Tanto falo em tristeza, mas nunca encontro a minha. Tanto falo em tristeza, mas nunca encontro solução. Tanto falo em tristeza, mas nunca entendo a minha.
Tanto falo em felicidade, mas nunca aproveito a minha. Tanto falo em felicidade, mas nunca emociona-me a minha. Tanto falo em felicidade, mas nunca muda-me a mim, só ela é quem se muda. Tanto falo em felicidade, mas é daquela verdadeira que sinto saudade...
Sempre que escrevo busco me encontrar, para dessa forma encontrar minha dor e senti-la, para encontrar a solução e logo entendê-la; todos os sentimentos precisam serem provados e consumidos, precisamos degusta-los para acabar com ele, porque se não consumirmos nossos sentimentos, eles consumirão-nos. Precisamos sentir os extremos dos humores, fugir das obrigações e meditar em nós mesmos para nos encontrarmos e curtir uma breve plenitude.

Certas felicidades minhas as vezes não são tão curtidas, aproveitadas; portanto escrevo sobre elas para aproveitar suas lembranças. Me da medo elas não me emocionarem mais, talvez seja porque a rígida mutabilidade dela me afetou, tornando-a mais uma; me ocasiona apenas a saudade, uma grande saudade pela verdadeira felicidade, que já não sinto mais. Ou talvez não a encontro mais? Já dissertei objetivamente sobre as felicidades falsas e verdadeiras, mas preciso dissertar subjetivamente e declarar que as falsas já me cansaram; eu preciso das verdadeiras felicidades porque eu quero coleciona-las e saber que minha vida foi autêntica como uma obra de Picasso, saber que fui o diretor desse teatro chamado de vida e não o ator que interpreta um roteiro já escrito. Eu quero viver em paz, eu quero um mundo melhor.

Continua...

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⏰ Última atualização: Sep 11, 2018 ⏰

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