LXVI

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Caminhando pelo escuro desde décadas passadas

Ninguém pôde repará-la durante o caminho

Jamais em tempo algum ela pôde ser vista

Caminhando pelo escuro desde décadas passadas

Para então chegar a fonte onde já habitava alguém

Na fonte habitava alguém que caminhava pelo escuro desde décadas passadas

Duas almas caminhavam

Duas almas caminhavam em paralelo e jamais puderam se ver

Na fonte habitava alguém que caminhava pelo escuro desde décadas passadas

Que estava tão só

E jamais pôde ser visto por alguém

Caminhavam pela fonte a paralelo numa manhã cinzenta

Caminhavam só desde décadas passadas

Na produção de todos os acasos

Caminhavam na mesma direção

Duas almas caminhavam pelo escuro desde décadas passadas agora num dia cinzento

As duas almas que juntas caminhavam pelo escuro morreram

Morreram e então nasceram numa estrada de luz

As duas almas se encontraram caminhando desde séculos passados

Duas antigas almas caminhavam na luz desde séculos passados

Ninguém pôde repará-los durante o caminho

Jamais em tempo algum eles puderam ser vistos

A não ser um pelo outro

Para então chegar a fonte onde já habitavam suas histórias

Na fonte habitava uma esbelta história que caminhou pelas cores desde milénios passados

Duas almas se encontraram. 

Assinado, Menina AleatóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora