Porções de Paixões ✧

⌲ Hoseok

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Pedido᠉ "Sn resolverá fazer uma surpresa para seu noivo, J-hope, como o apelidou. Comprou duas passagens para o casal passar duas semanas em sua cidade natal, no Brasil. Só não sabia que o garoto reclamaria tanto assim do sol, mas que também lhe fez rir como ninguém nessa viagem."

User autor do pedido᠉ Chimflorzinha 

Eu escolhi a minha cidade natal, Curitiba, só para esclarecer ^^

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— Vamos logo, Hope! Meu irmão já está nos esperando no desembarque!— reclamei tentando puxar o mais velho.

— Ah, jagi, olha só que lindinha essa menininha— ele encostou na bochecha da bebê, que instantaneamente soltou uma gargalhada.— Ela tem os olhos redondinhos, iguais os seus!

   Enquanto Hoseok estava fascinado pela bebezinha' que sorriu para ele dentro do avião, eu tentava o convencer a sair dali. Chegava a ser engraçada a coincidência, pois enquanto ele falava dos olhos redondos dela em coreano, ela falava sobre os olhos puxados dele em português.

   Era estranho ver uma mãe curitibana ser tão simpática e ainda não ter xingado o Jung, tendo em vista que somos conhecidos por sermos frios e arrogantes.

— Amor, vamos— tentei novamente.

— Aigoo, tudo bem— Hoseok soltou a mão da bebê, e acenou para ela, que devolveu o "tchauzinho".— A gente pode ter um bebê? Eu acho que levo jeito para ser pai!

   Soltei uma risada baixa, Hoseok sempre fazia a mesma perguntar depois de ter brincado com alguma criança, ou até mesmo depois de ter dando conselhos amorosos para algum de seus dongsaengs.

— Eu já não te falei que a gente tem que planejar antes de ter um filho?

— Já falou sim, mas toda vez que eu tento conversar com você sobre isso, a senhorita foge ou desvia do assunto— respondeu com seu tom manhoso.

   O tom de voz na língua coreana já tem por si só um tom mais melancólico, por muitas das palavras terem que ser pronunciadas com a ajuda de um biquinho, agora, quando Jung Hoseok aumentava a sua manha, ficava tão adorável quanto um panda.

— Não use sua fofura contra mim!— olhei para o alaranjado, que possuía um brilho nos lábios.— Certo, Jung Hoseok, vamos conversar sobre isso quando voltarmos para casa, pode ser?

— Oba!— seus braços passaram por minha cintura, me apertando um pouco.

— Agora se apresse, meu irmão já deve ter nos xingado tanta— tornei a entrelaçar meus dedos nos seus, quase correndo até a porta de saída.

   "Ai, mãe, esses dois lazarentos estão mais de quarenta minutos atrasados! Eu to' quase deixando os dois aqui para pegar um táxi." Essa foram as palavras que meu irmão estava pronunciando quando chegamos até ele.

   Depois que lhe acertei um tapa no braço, abracei seu pescoço, dizendo que estava morrendo de saudades suas. Ele e Hoseok tinham um convívio muito amigável, nunca tiveram nenhum estramento ou algo do tipo, mais pareciam amigos de anos.

   O caminho para casa foi preenchido pelas gargalhadas de Hoseok, que não se continha com as tentativas falhas do meu irmão tentar falar algo em coreano. Ao chegarmos em casa, mais uma sessão de abraços e de declarações de saudades.

— Hoseok, acho que a sua alegria trouxe o sol para essa cidade— minha mãe disse divertida, colocando algumas folhas de alface no seu prato.— Aqui já é um milagre o sol dar as caras, ainda mais no meio do inverno!