Capítulo III

1.2K 143 88
                                    


O homem de cabelos loiros e olhos azuis lia incansavelmente o pergaminho antigo que detinha em suas grandes mãos. Ele buscava naquele papel envelhecido alguma resposta que auxiliasse um grande amigo, mesmo sabendo que se fosse flagrado buscado tais respostas poderia ter o mesmo destino trágico.

Entretanto tal temor não era intenso o bastante para faze-lo hesitar em seu feito. Sua amizade e consideração pelo amigo eram maiorea que seus receios. O loiro acreditava que uma luta só seria válida se fosse travada por algo realmente grande. Algo que valesse a pena oferecer seu coração. 

Todos o conheciam por sua paixão pela verdade. Desde pequeno ele foi ensinado pelo pai a não aceitar uma resposta sem a devida explicação. Tudo na vida tinha um porque e dizer-lhe que algo era assim por que assim deveria ser  jamais calou sua voz interior. E por isso ele decidiu ajudar seu amigo injustamente condenado. Por fim seu anseio pela verdade o estava guiando para uma resposta definitiva. Uma luta que valeria a pena travar.

-Encontrei!!! - os olhos de azuis intenso localizaram uma pista plausível no papel envelhecido pelo tempo. Ele encontrou algo que poderia ser considerado uma luz no fim de uma extensa caverna. - Por Ymir!! Preciso dizer isso a Rivaille.

Preso em seus pensamentos o Comandante do Guarda Imperial guardou cautelosamente o pergaminho em suas belas e impecáveis vestes. Aquele papel so estava na Biblioteca de Olimpia por um mero acaso. Todos os relatos de fraquezas e pontos negativos da Pecaminosa Deus Ynoa foram destruídos pelo bispo atual. Algo que qualquer um poderia considerar suspeito, mas o ilustre sacerdote disse que não havia motivos para temer a Deusa banida, já que Ymir reinava em toda sua glória.

 Varios fatores suspeitos começaram a intrigar o comandante, tais como  o fato de todos os ensinamentos da velha religião estavam suspensos. Até  o culto costumeiro e semanal acontecia apenas mensalmente. Era como se o bispo atual quisesse apagar a existência da deusa que ele jurou servir e representar.

Com a mente nublada pela dúvida e pela suspeita Smith saiu  da Biblioteca de Olimpia,. Uma cidade afastada da capital, Hermiha, mas pertencente ao mesmo Distrito de Rose.  

Olimpia surgiu de um pequeno povoado de pescadores e como todas as cidades que ao longo da história se desenvolveu ao lado do mar. Ela foi contruida início do século XIV e para sua contrução foi feito um grande dique sobre o rio Colossus. No século XV a cidade começou a se destacar como centro comercial no norte de Paradis. A proximidade com o mar assim como La Rose, garantiu a Olimpia novas oportunidades, desta forma a cidade passou a possuir o segundo maior porto do mundo, perdendo apenas para La Rose. Ela era conhecida também pela intensa venda  de especiarias vindas de Marley, mas seu comércio predominante estava focado na venda de grãos e armas.

Talvez por ser uma cidade a muito esquecida, Erwin Smith, tivesse tido a oportunidade de encontrar documentos tão importantes para pesquisa. A Biblioteca de Olímpia detinha em seu acervo diversos  manuscritos milenares, mas nem todos sabiam disso. Apenas pessoas em busca de uma verdade perdida se importariam com informações assim.

-Comandante Smith. - a voz suave e conhecida de sua tenente fez o loiro se virar, ele havia acabado de deixar o prédio da biblioteca e seguia rumo a sua carruagem, seu tempo era curto, precisava enviar suas recém descobertas a Rivaille o quanto antes.

-Tenente Riza. - a mulher assim que ouviu seu nome sendo pronunciado por seu superior, apressou-se em fazer a continência devida ao loiro. Com uma das mãos fechada sobre o lado esquerdo do peito, e a outra mão em suas costas ela ofereceu o comprimento devido a um superior. A jovem loira permanceu sob o olhar atento de Smith que respondeu devidamente a continencia e apenas nesse momento a jovem voltou a sua posição inicial.

Lord JaegerOnde histórias criam vida. Descubra agora