«Cap.1»

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Nathalie's P.O.V.

Não vejo a necessidade de acordar às sete horas da manhã para ir para aquele inferno que chamam de escola. Saio da cama e vou em direção ao banheiro. Tomo meu banho voando - até porque se eu não estiver atrasada, não sou eu - e já começo a escutar os berros da porra do meu irmão.

Depois que terminei de me arrumar (lê-se colocar qualquer roupa), desço as escadas e vou tomar café, onde encontro meu irmão, mais uma vez, gritando comigo e com a Naomi, minha irmã caçula, para nós irmos para escola, uma pena eu não estar com pressa.

Pego a primeira coisa comestível que vejo, e depois de pegar minha mochila, vou direto para porta do vizinho. Depois de quase botar a porta à baixo, um ser de olhos azuis aparece descabelado e escovando os dentes.

— OH HAYES CARALHO, ANDA LOGO NESSA MERDA - grito alto suficiente para Hayes escutar.

— Educação mandou lembranças - diz Nash, a porra do meu vizinho, irmão do meu melhor amigo, enquanto eu me limito a revirar os olhos.

— CALMA PORRA, ESTOU DESCENDO, PRA QUE GRITAR TANTO A ESSA HORA DA MANHÃ?! - grita o meu amigo ao descer as escadas quase caindo.

Fomos correndo para o carro que Noah estava dirigindo, me sentei no banco de trás junto com Hayes logo depois de Naomi entrar com Julie - sua amiga e nossa vizinha, minha mãe e a mãe de Julie são amigas, então desde sempre ela vai com a gente - nas cadeiras duplas do fundo. Esse é um daqueles carros de sete lugares, nossos pais compraram dizendo que queriam que coubesse a família e mais um pouco, e até que é bem útil...

— Oi Florzinha - disse a Naomi para o Hayes soltando risadinhas.

— O escambau, só eu posso chamar ele assim, eu hein, tá louca?!

Esse apelido surgiu já que, quando éramos pequenos Hayes se apaixonou pela garota mais legal e bonita da escola e ele era bem normalzinho naquela época. Ele pegou uma flor muito linda do meu jardim e deu a menina, que assim que a recebeu o olhou com desgosto, jogando a florzinha no chão e pisando nela. E, a partir daquele dia, como eu sou uma boa amiga, eu nunca mais deixei ele esquecer isso.

— Ei Nath, calma, ela pode me chamar do que quiser - ele disse enquanto eu revirava os olhos.

Então partimos para a casa das meninas, e assim que chegamos na casa de Jade, como de costume, meu irmão buzinou e foi para casa da Felicite que ficava um pouco à frente. Como elas moram na mesma rua, nós sempre vamos buscar a Fizzy - apelido de Felicite - e, já que é uma rua sem saída, voltamos para pegar a Jade.

Chegando na escola, Noah levou Naomi e Julie para a entrada delas enquanto nós entramos na nossa conversando sobre a prova de biologia - quem diria a gente conversando sobre prova hein.

— To me sentindo um neném aqui - disse Hayes.

— Por causa de quê? Afinal nenéns não fumam, principalmente igual você - Fizzy tomou a frente e nós começamos a rir.

— Há-Há, falou a maria fumaça. Vocês ficam conversando sobre uma prova do terceiro ano, enquanto eu ainda tenho que aturar a desnaturada da professora Smith - disse enquanto Jade nem o dava mais atenção e começa a trocar mensagens com alguém.

— Ela nem é tão ruim assim - digo.

— Um dia eu estava conversando com vocês e ela confiscou meu celular e só recuperei no diretor na hora da saída cara, eu odeio essa mulher.

— Gente, esqueçam desse assunto agora, Nate acabou de mandar mensagem no Maconha Saques dizendo que compraram mais maconha - Jade fala do nada, chamando nossa atenção.

Ain't worried • Nate Maloley [Hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora