3-porque?

2.7K 172 9
                                    

Passamos da rua de Claricia_ tia, passamos da rua de clara!_ falei enquanto Claricia dormia em meu ombro. pegamos um trânsito e ela  acabou apagando

_Sim! ela vai dormi na sua casa. os pais dela estão lá

Como? Os Pais de Claricia na minha casa?_ ferrou. deve ter sido as baratas

Chegando na esquina da minha rua deparei com uma luzes que ficava vermelho e azul, eu sabia muito bem o que aquelas luzes eram. Natiele começou a chorar parando de dirigir. nessa hora Claricia acordou. olho para mim e olhou para Natiele umas 5 vezes até que ela se aproximou de meu ouvido

O que aprontou dessa vez?_ falou baixinho

Nada!_ falei baixinho no ouvido dela. Ficamos paradas por um tempo até a mulher em nossa frente se recuperar e nos levar para minha casa. cada vez mais perto um aperto maior no peito. Claricia entrelaçou nossos dedos como se sentisse o mesmo que eu. Virando a esquina tinha um carro da polícia parado em frente a minha casa. única coisa que conseguia  pensar era "não foi minha culpa" "não Foi minha culpa" "não foi minha culpa" enquanto um nó se formava em meu estômago. As pessoas em suas casas olhavam curiosos para a minha casa, minhas mãos tremia, o desespero me fazia suar. Eu sentia o nervosismo tomar meu peito me fazendo respirar dolorosamente, meu cérebro processava mil e uma opinação para o que estava acontecendo. ao entrar em casa deparei com quase toda minha família, bom, aqueles que eu conheço. Além de outros rostos desconhecidos chorando na sala. além dos polícias que se mantia sério. Engoli a seco procurando minha mãe para perguntar o que estava acontecendo, mas nem ela e nem meu pai se encontrava ali. O pânico me dominou por inteira me fazendo correr por toda a casa os chamando. não ouvir suas vozes destruindo o que minha cabeça afirmava, estava formando um buraco em meu peito, não. Minha voz desesperador se uniu com a rouquidão de meu choro. eu via tudo embaçado enquanto subia as escadas os chamando com toda força que me restava. Errei o degrau da escada me fazendo rolar até o chão do primeiro andar me deparando com as pessoas em minha volta. minha vó me abraçou enquanto chorava. Me debatia em seus braços evitando de todas as formas as dores que surgia em meu corpo pelo tombo que levei

Solte ela mãe_ a voz da minha tia se fez presente fazendo minha vó afrouxar o abraço. Eu subi novamente entre o choro e dores tanto física quanto mental. Os meus chamados ecoou pelo corredor me fazendo arrepiar com minha própria voz agoniante. Entrei em seus quarto e o vazio do comódo me fez ajoelhar no chão sem forças e esperança. dando por vencido a realidade

Vocês me deixaram_ gritei os culpando_ vocês me deixaram, vocês me deixaram_ dizia num sussurro enquanto a dor surgia. Me agarrei nas pernas balançando para frente e para trás_ vocês me deixaram_ dois braços rodearam minha barriga

Eu estou aqui_ disse minha vó entre soluços. Outra mão fez um carinho em meu couro cabeludo

Eu estou aqui_ susurrou minha tia. outra mão se fez presente fazendo deslizar minhas pernas até o encontro do chão. logo a pessoa sentou em minhas coxas. Levantei o olhar encontrando a imensidão azul que se aproximou, mais e mais, até nossas testas se tocarem

Eu estou aqui_ sussurrou. me permitir chorar mais alto e forte

Depois de um longo tempo angustioso no chão me deitei na cama de meus pais ainda recebendo cafuné da minha vó e o abraço de Claricia. Cansada demais para lamentar, meus olhos se fecharam me permitindo dormir entre a dor de estar só em meu interior e confortada no meu exterior

Sonho de camily

Oi filha_a voz me fez virar. no meio de tanta escuridão tentei achar o dono daquela conhecida voz_ oi filha_ uma luz iluminou o corpo do rapaz que eu chamava de pai

você não vai voltar? E porque você está de branco? Isso é uma aça?_ perguntei surpresa

Papai não vai voltar. minha missão lá acabou_ ele falou me abrançando

Mas pai e as pesca? futebol aos sábados? as histórias a noite quando tiver pesadelo? e as brincadeiras? e quando eu me casar, quem vai comigo?_ questionei entre lágrimas. entrando em desespero_ e no dia dos pais como eu vou para escola pai? volta vai. não precisa ir, eu preciso de você. quando vai me ensinar a ser forte e enfrentar a solidão? Você ainda tem uma missão lá embaixo que se chama Camily

Você é forte, eu sei que vai saber se cuidar_falou me dando um abraço

_Cadê minha mãe?

Está oculpada! Eu preciso ir filha_ ele falou me largando. eu tentei puxá-lo de volta em meus braços, mas foi uma tentativa fracassada. O vi desaparecer em meus olhos mas sem antes de lançar um sorriso e sussurra dizendo que me ama. bem que as pessoas falam qua a gente só da valor quando perde, queria ter dito um "eu te amo" queria ter pescado com ele uma última vez, queria ter feito tantas coisas, mas querer não é poder, nunca foi!

plena vida (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora