Um

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Oi oi pessoas, mais uma adaptação pra vocês, espero que gostem... Novamente digo Essa História não me pertence só quero que vocês leiam algo que eu gosto e as passo para camrem ... Enfim boa leitura

Xoxo

― Oi, pessoal.

Camila tentou parecer radiante, mas falhou. Enquanto encostava seu pequeno barco perto do grande saveiro holandês de Tom, ela pôde ver, pelos rostos de seus amigos, que os rumores que ouvira em Saxonbury provavelmente eram verdadeiros.

Tom, Steve, Nick e Dudley emergiram da espaçosa cabine que havia na coberta de proa, parecendo exageradamente simpáticos. Isso tornou as coisas piores.

Agora ela tinha que encarar o fato de que, se a Ilha Tresanton fora mesmo vendida, então seu futuro estava nas mãos do novo proprietário.

Ao virar a cabeça, ela olhou para trás, com saudade, para a bela ilha mais adiante, acima do rio. Muito embora tivesse conquistado uma certa estabilidade durante os três últimos anos, não tinha direito legal de estar lá. Isso não importava para a tolerante e amável Edith Tresanton enquanto senhoria. Mas desde a morte de Edith pairava um ar de incerteza quanto a sua situação.

Mãos bem dispostas pegaram as cordas que ela jogou. Enquanto levantava a saia longa, deixou que Os Garotos — como os chamava — a puxassem para bordo. Seu cabelo escuro de cigana saiu do laço, e ela habilmente o amarrou de novo, enquanto seu rosto doce e de ossos frágeis ostentava uma palidez incomum.

― Estávamos falando sobre você ― disse Tom enquanto a cumprimentava. — Quer uma xícara de chá?

Ela balançou a cabeça apreensiva. Steve lhe deu um beijo.

— Sabia que a ilha tem um novo dono? ― perguntou, aflito.

O coração da moça fraquejou.

― Já suspeitava. Isso quer dizer que eu posso estar em apuros — respondeu ela. — O que você sabe? — perguntou.

― Um caminhão de mudanças tem ido e vindo. Disseram que uma mulher londrina assumiu o controle ― respondeu Tom desanimando ainda mais Camila. — É. Não é da nossa classe... ou de Edith ― resmungou ele. ― Um tipo meio afetado.

A impressão era de que haveria, definitivamente, mudanças na ilha... e na casa de Edith. O ar charmoso e rústico da mansão provavelmente seria alterado com a adição de uma cozinha de aço inoxidável e de tecnologia futurista. E a ilha viraria um só gramado.

Mas e quanto a ela? Seu olhar saudoso fitava longamente o toldo escarlate da cabina de seu barco cheio de vasos de flores, chaminés sortidas e parafernália para botes pequenos. Com estilo tradicional e aconchegante, o barquinho fora uma solução ideal e barata de moradia, para que pudesse viver e trabalhar numa região muito valorizada. Em todos os seus vinte e seis anos ela nunca se sentira tão insegura.

A cor amarela era tão gritante que deixava o carro visível a quase um quilômetro de distância. O veículo seguia lentamente.

Ela se levantou tremendo. Talvez deixassem ela ficar. Edith a havia deixado ficar com um pequeno pedaço de terra para cultivar vegetais. E, com certeza, gostaria de ver as galinhas de Camila perambulando livremente.

— Obrigada pela informação — agradeceu ela.

— Quer que nós a acompanhemos como seus "capangas"? – sugeriu Steve, fazendo uma pose agressiva de brincadeira.

Ela sorriu em gratidão. Cada um deles a ajudara enormemente nos velhos tempos. Todos os Garotos eram pobres, mas tinham bons corações e fariam qualquer coisa pela amiga.

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