A Lua e as Estrelas

Capítulo 1.

Eu sempre fui uma criança muito animada.
Gostava de ver o céu a noite, algumas vezes eu ficava olhando para o céu escuro e estrelado até de madrugada.

O que, algumas vezes, fazia minha mãe brigar comigo e me mandar para a cama.
Os dias chuvosos eram os mais tristes, pois neles eu não podia olhar para os meus dois grandes amores: A Lua e as Estrelas.

O meu nome é Luana Lovewood, mas pela minha paixão pela noite e pelo céu estrelado, as pessoas começaram a me chamar de Lua.

Eu tenho 27 anos, e sou secretária. Minha mãe, Esther, casou-se com meu pai, Alfredo, aos 23 anos de idade. Eles tiveram meu irmão, Jonathan, 10 anos depois que eu nasci.

É um tanto quanto difícil da minha família vir me visitar, já que eles moram em outra cidade, eu não tenho namorada ou sequer um animal de estimação, então eu moro completamente sozinha.

Eu deixei de acreditar em amor verdadeiro aos meus 20 e poucos anos, eu tento ser extrovertida como eu era na minha adolescência, mas às vezes parece muito difícil. Não é como se o meu verdadeiro eu estivesse morto. A Lua dentro de mim está apenas escondida, enquanto a Luana dorme com várias garotas diferentes, e escreve histórias de romance sendo que em sua própria vida não há nenhum concreto.

Eu gosto de escrever, nunca quis ser uma escritora ou algo do gênero, escrevo apenas pela paixão e pelo hobby.

Todas as garotas com que durmo são especiais pra mim. Não são todas que tenho contato, afinal, algumas vezes em uma balada você acaba bebendo tanto que não se lembra nem de seu nome, quem dirá do rosto de uma pessoa.
   Eu sempre respeito as minhas meninas, não importa o quanto escrotas algumas delas sejam comigo.

Eu amo as minhas meninas, então, elas são as minhas estrelas.

Eu estava dependurada na janela com um cigarro na boca, olhando o céu à noite.

- Estão faltando algumas, hoje... - Falei com a Lua, sem esperar uma resposta.

Soltei a fumaça pela boca e suspirei.

- Talvez eu precise uma estrela pra hoje à noite.

Apaguei o cigarro, olhando para baixo, com o cabelo negro caindo em meu rosto.

Olhei para cima de novo e sorri.

- É... Ou talvez não.

Eu nunca sei dizer por quanto tempo eu fico olhando para o céu, então, quando eu sai da janela, minhas pernas doíam e meu olho ardia.

Bocejei, tirei meus sapatos e, devido à exaustão, me joguei na cama.

☆☆☆☆

Acordei às 07:30 com o despertador gritando no meu ouvido.
Respirei fundo e sentei-me na cama, olhei em volta sem saber muito bem o que fazer a partir dali, não queria levantar, a minha cama as vezes parece o lugar mais seguro da terra.
Olhei para a parede verde escura do meu quarto. Meu apartamento as vezes parece o lugar onde um traficante vive, pois há esqueiros e cinzeiros por todo lugar. A parede estava descascando, o que dava ao lugar apenas um ar ainda mais triste e deprimido.

Levantei e tomei um banho rápido, sem lavar o cabelo, já que eu já havia lavado ele no dia anterior.

Coloquei um terninho social para trabalhar. Penteei os cabelos, e coloquei um salto baixo preto.
Passei apenas um corretivo para disfarçar as olheiras.