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  Acordo rapidamente ao sentir a quentura em meu corpo,levemente abro minhas pálpebras e dou de cara com a paisagem inacreditável que só o Rio de janeiro poderia me proporcionar,fecho os olhos novamente e em um respiro profundo um turbilhão de pensamentos me consomem,hoje era o dia que tanto esperava,finalmente começarei a trabalhar com minha mãe,e a ansiedade era notável,antes mesmo de conseguir levantar da cama,escuto meu nome sendo pronunciado.

— Lena você tem que acordar! – ouço a voz que ecoava da cozinha.

— Já vou mãe! Só mais cinco minutos – digo ainda sonolenta pelo horário.

— Maria Helena já são 5:00 da manhã, temos que estar no Leblon as 6:00! – me puxou da cama ,caindo próximo ao guarda-roupa.

— Mãe eu já estava indo! – ponho a mão em minha bunda sentindo uma leve dor,ficando de pé logo em seguida.

— Indo? Assim? Filha eu não posso me atrasar e agora você também não,Dona Edite pode brigar! – vejo a mesma indo em direção a porta e depositando meu uniforme na maçaneta.

  Já pronta,pego uma maçã que se encontrava na mesa e a bolsa no cabideiro perto da tv, mamãe estava na porta com uma certa impaciência, mas ao me ver respira em alívio e da passagem para mim.Depois de vários minutos no ônibus, paramos em frente ao incrível prédio, fiquei abismada ao vê-lo, tirando as descrições que minha mãe me dava, nunca o havia visto antes,mas parece muito mais do que pensei,ele era grande, tinha um jardim cheio de árvores e seus tons em branco e azul royal se destacavam no sol reluzente, adentramos na porta de vidro, estávamos em uma recepção luxuosa com móveis brancos e amadeirados, mamãe vai até uma mulher que estava no balcão próximo a gente,elas conversam alguma coisa e a mesma me puxa até uma sala naquele mesmo andar, dentro tinha todo material de limpeza nescessário para dar início ao dia,eu pego a vassoura enquando minha mãe o esfregam,ela me indica o lugar para que comece e sai me deixando sozinha.

  O tempo passa vagarosamente,já estava no 3° andar e ainda havia muita coisa para se fazer, vou até uma sala vazia,estava decorada, mas ninguém se encontrava ali,tirei as coisas do balde e iniciei pelo chão, tudo parecia bem,até sentir alguém tropeçar em mim,de relance caio no piso de madeira,fiquei cabisbaixa com vergonha e decido não olhar para a pessoa a minha frente.

— Desculpe! – estende a mão em forma de cumprimento.

— Não tem problema – tento pegar o balde,mas o mesmo me puxa.

— Meu nome é Benjamin – sorri lentamente,e fico maravilhada com sua beleza.

— Prazer – digo e ele me olha confuso.

— Qual é o seu nome?! – tira a jaqueta de couro que usava a colocando na mesa central.

— Maria,Maria Helena – estou euforia por dentro,não acredito que ele perguntou meu nome!!

— Lindo nome! Igual a dona! – coro imediatamente.

— Obrigada! – agora pego o balde e vou em direção a saída.

— Ei! Maria Helena! – me chama e viro-me bruscamente.

— Sim? – tenho a visão do paraíso.

— Espero te ver de novo! – fala e saio dali com o coração saltando pela boca




                           M.H & B



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