Eles passavam a se ver com mais frequência, sempre com assuntos novos ou com conversas saudosistas... eu acho engraçado que eu sempre via os fios se enrolando cada vez mais, mesmo com as confusões e com as mentiras de Artur, a inocência de Caique deixava tudo mais fácil. A inocência meus caros é a mais pura e doce ignorância, é uma benção e uma maldição ao mesmo tempo; a maldade que não é observada, enxergada ou absorvida faz bem estando longe, no entanto a vantagem que é tirada em cima disso pode trazer danos irreparáveis.
"Vamos! Se a gente não correr não vamos pegar os melhores lugares!" Caique sempre muito... elétrico eu posso dizer assim, ele sempre foi muito enérgico, animado e bem antenado.
" Vai arrancar meu braço se continuar me puxando desse jeito." Ele seguiu andando, com as mãos enfiadas no bolso e algo que eu não via a anos... um sorriso no canto da boca.
Eu percebi um raiozinho de felicidade... que foi rapidamente apagado por medo.
"Anda logo" dizia Caique sorrindo e se apresando a cada nova passada. Radiante como só ele.
" calma..." o outro tentava esconder eliminar no sorriso mas não conseguia... sentia-se patético e fraco ao mesmo tempo... estava tudo fora do lugar.
Eles foram a um festival de cinema ao ar livre, foi muito fofo! A amizade deles crescia e eu apenas dava umas incentivavas, livros emprestados, conversas e sorrisos salteados entre olhares e brincadeiras sem noção.
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Entre nós e apenas nós
Teen FictionNada é o que parece. Quantas vezes você se ilude com um rosto? Por quanto tempo você deixa de dar atenção ao rosto certo por conta de uma máscara?