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Não o culpo por não saber que eu estou desmoronando.
Minha alma está submersa em um oceano frio e profundo.
É como se as águas dominassem minha alma e então meu corpo.
Estou afogando-me.
Tem dias que recuso-me a sair da cama.
Acordar, ou tentar viver sem sentir meu peito rasgando é raro.
Quando te vejo ainda sorrio para ti.
Teus olhos castanhos conhaque ainda são meus preferidos.
Teu sorriso ainda é o raio de sol que aquece minha epiderme.
Tua voz ainda tem um tom calmo e suave.
Teu abraço ainda é o inferno ardente que cola meu tórax no teu.
As tuas palhaçadas não me animam tanto quanto antes.
Mas tu não sabes disso.
Prefiro que tu não saiba.
Caso tu soubesse, eu teria que explicar todos os meus motivos para querer desistir.
Eu não pararia no número um, querido.
Tu faria de tudo para não deixar-me ir.
Eu ficaria, só por mais um minuto e mesmo em fragmentos, só para poder ver seu sorriso mais uma vez.
Entretanto, assim que eu pudesse, sorriria para ti e olharia dentro dos teus olhos uma última vez.
Eu partiria, mas na minha memória o brilho dos teus olhos permaneceria.
Tu estás tatuado na alma.
Talvez eu te encontre na próxima vida ou no além. [eu nem sei se isso existe, meu bem.]  


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