Capítulo 3; Da dor ao amor

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Estou correndo freneticamente pela mata olho para trás e vejo Rafael me acompanhando na mesma velocidade, sinto minhas pernas latejarem e enfim paro em um parte mais escura da floresta, com as mãos nos joelhos vejo Rafael se aproximando.

-Você é maluca.-Sorri em uma mistura de medo e adrenalina.

-Sou uma caixinha de surpresas.-Me sento em uma pedra.-E ai o que agente tem aqui!-Falo tirando uma cueca da bolsa que roubei.-Faço uma expressão enojada.-Um presente para você!-jogo a mesma sobre ele que também se senta ao meu lado.

-Eca que nojo.-Se levanta sacudindo sua roupa no local onde a cueca box caiu.

Continuo a procura quando acho o que queria, uma metralhadora! sim uma metralhadora de verdade! Grande e pesada não sei como alguém consegue segura-lá.

-Olha I.S.S.O!-Lhe entrego. -Tem outra menor aqui!-Tiro uma pistola da bolsa.

-Eles vão vir atrás de nós vamos! Temos que encontrar os outros!-coloca a metralhadora em seu sinto mostrando seu abdômen definido, viro o rosto me sentindo corar.-Posso te fazer uma pergunta?-Me encara com doçura.-Acinto.-Você tem namorado?

-Não.-Respondo rapidamente. Ele me perguntou se eu estou namorando?! será que ele sente algo por mim? acho que não estou um trapo! Me lembro que estou em um estado deplorável, solto meu cabelo e o prendo novamente em um coque firme. Viro meu rosto ao vê-lo me fitar, como alguém como ele poderia gostar de mim! Acho que não! Ele simplesmente quer puxar papo e talvez até seja comprometido. Afasto estes pensamentos e aproveito o momento  para lhe fazer a mesma pergunta.

-E você?-Me viro em sua direção e encaro algo atrás dele para não fita-lo, quando vejo que não é algo e sim alguém.-PORCARIA.-Grito.

Um homem encapuzado está apontando uma grande arma para nós, em fração de segundos pulo sobre Rafael e o derrubo com força sobre o chão fazendo-o urar de dor. Em um intuito pego a arma de sua cintura e aponto para o mesmo homem que tentou nos matar, aperto o gatilho sem saber ao certo o que fazer, em segundos ele está no chão gemendo de dor, coloca a mão sobre sua perna e grita freneticamente.

-Sua...Sua vadia, eles vão te matar!-Diz pegando sua arma e levantando, aponta a mesma para mim.
Minha cabeça lateja, minha consciência pesa, como vou criar meu irmão se sou uma má influência? Meus pais sentiriam vergonha de mim! -me ajoelho no chão sentindo lágrimas escorrerem pela minha face, ele mira e consigo ja ver minha morte quando escuto um estrondo, ele novamente está no chão más agora imóvel.
Ao meu lado vejo Rafael tremendo ainda apontando a arma para o corpo ja sem vida.

-Vamos.-Sussurra em meu ouvido.-Temos que achar os outros, eles viram atrás de nós! -Me estende a mão trêmula entrelaçando nosso dedos. Começamos a correr pela floresta de mãos dadas meu está coração acelerado a mil, seu toque me causa uma sensação de descargas elétricas percorrerem meu corpo, o medo, a adrenalina em meu sangue me faz correr o máximo possível. Quando achamos o resto de nosso "grupo" já estava escurecendo.

-A.MI.GA.-Grita Pricisa pausadamente me abraçando, sendo repreendida pelo grito.

***

Estamos sentados todos juntos na copa de um árvore, com muito esforço decidimos que seria mais seguro ficar longe do chão ou seja de tudo que caminha e rasteja.
Dormimos com certa dificuldade a noite passada e agora que o sol começa a raiar, temos que descer novamente, não podemos ser vistos!
Quando todos estamos no chão ouvimos um barulho estridente informando a proximidade dos cobras, começo a correr junto com todos, sinto a adrenalina percorrer meu sangue, corro na mesma direção que Pricila, Gabriel e Pitter olho para trás a procura de Rafael, o vejo rastejando com a perna sagrando, sem pensar duas vezes volto e o coloco sobre os ombros, começo a correr com dificuldade pois ele é bem pesado.

-Vou te atra...sar.-ouço-o sussurar porém o ignoro.

Continuo ouvindo o barulho de tiros ecoando por toda floresta, o carrego até o barulho sumir totalmente, logo a frente vejo Pitter, Pricisa e Gabriel sentados com as mãos nos joelhos.

-Alguém me ajude.-Chamo e Pitter pega Rafael de meus ombros.

-O que ouve com ele?-Pergunta Pricila assustada.

-Vou cuidar dele!-Afirma Pitter.-Ai agente foge daqui e procura minha mulher! Se vocês ainda me ajudarem!- nos olha com esperança.

-Você tá doido agente podia ter morrido, eu atirei em um homem! Ele podia ter morrido.-Aponto para Rafael.- tenho que viver!-Me sento agora sendo invadida pelas lembras da morte de meus pais.-Eu os matei!-sussuro em meio as lágrimas.

Pitter usa um tipo de pinça para tirar a bala enchavada na coxa de Rafael e faz um curativo no local. Voltamos a caminhar, Pitter junto com Gabriel estão carregando Rafael quando novamente ouvimos barulhos de tiros.

-Como eles sempre nos acham?-Pergunto irritada.

-PRICILA.-Grita Gabriel ao vê-la correr assustada mata adentro. A sigo quando ela enfim para eu me aproximo, sua expressão gentil muda para uma cara de ódio e rancor.

-O que ouve?-Pergunto me aproximando assustada.

Ela me abraça forte e me empurra para trás, cai em um grande buraco camuflado por galhos e folhas que se quebram com meu peso. O que ela fez?! Tento pular em mas em vão, o buraco é bem mais fundo do que eu alcanço e olha que tenho um e setenta e cinco de altura.

-Quem é voce?-Pergunto irritada, meu sangue ferve de ódio.

-Sua amiga ué!-Após dizer isso a vejo sumir pela floresta, novamente ouço paços porém agora mais pesados e rígidos.

🍃🍃🍃

Oi gente!
Espero que estajam gostando! Confesso que cada dia fica mais difícil para mim postar mais toda semana vou tentar postar no mínimo um! Porfavorzinho Me dêm umas dicas para a história! Votem e comentem! Beijinhos😗😜

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