Capítulo 4; Quando tudo começa a fazer sentido

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Faz dez minutos que Pricila saiu e ainda ouço passos em minha volta, mais uma vez o barrulho parece aumentar, vou até a parede grande de terra que me cerca e me sento proxima a ela para tentar me esconder. Sinto o cheiro de terra úmida invadir minhas narinas, um cheiro tão gostoso, posso parecer doida mais pensa em uma pessoa que ja quis beber gasolina, álcool, comer tijolo,terra. Lembro da vez que estavam fazendo o asfalto em frente a minha casa, eu era pequena tinha apenas sete anos, durante todo dia eu ficava conversando com os homens que trabalhavam e deixando esse cheirinho gostoso invadir minhas narinas.
Sempre morei com meu irmão na casa de nossos pais, aquele é o único lugar em que me sinto confortável e segura para criar meu irmão, após a morte de nosso pais comecei a trabalhar como garçonete na lanchonete ao lado de minha casa, Dona Seuma a dona do estabelecimento me ofereceu este trabalho quando soube que estava com dificuldades financeiras, ela sempre me aconselhou quando precisei sempre foi uma segunda mãe.
Não consigo segurar minhas lágrimas, deixo que elas escorram pela minha face. Umas perguntas me vêm a mente;
Será que Rafael sabia de tudo isso? Gabriel? E Pitter?
Não Rafael não deve saber se não ele não levaria um tiro! E Pitter? Sei que esses "cobras" estão atrás dele mais sua suposta esposa foi sequestrada! Já Gabriel, será que ele sabe o que sua namorada anda aprontando?
Ouço passos pesados se aproximarem, limpo as lágrimas que escorriam e me encolho contra a parede.

-Achei a menina que a dona falou?-Diz um homem baixo, moreno com olhos negros e um corpo tatuado!
-seu rosto não me é estranho!-penso.

-Até é bonita!-Um outro homem surge me olhando de cima a baixo, bem mais alto que o primeiro me causando calafrios que faço questão de esconder.
-Menina levanta que eu vou te puxar para fora!-Diz se esticando para me puxar enquanto o outro segura um lenço em que coloca um líquido tranparente.

-Não vou sair daqui!-Sussurro o olhando friamente.

-Toma Kyner pega ela.-O baixinho lhe entregou o pano, com seu movimento vejo um desenho de uma cobra em seu pescoço.

Me levanto quando o tal de Kyner pula ao meu lado, tento pular e fugir mais em vão, me seguro em uns cipós e tento me puxar, quando Kyner puxa minhas pernas me fazendo bater a cabeça em uma das pedras no chão, minha visão escurece.

-Boa menina.- sussura Kyner depois apago.

***

Acordo sentindo fortes dores na minha cabeça, tento me levantar porém em vão, estou amordaçada em um toco no centro de uma cabana escura ao meu lado vejo vários móveis antigos e mais um toco onde está uma mulher morena linda porém suja e desarcordada, suponho ser a mulher de Pitter.

-O..i-Tento me mecher para chamar a atenção da mulher porém em vão.

-José vai ver se a bela adormecida acordou!-Grita uma voz seguida de alguém entrando pela porta, olho e vejo o baixinho entrando suponho ser o José.

Fito a porta semi-aberta e atrás vejo árvores, então ainda estou na floresta, provavelmente em um acampamento.
Sei que esses cobras estão atrás de Pitter e sequestraram sua mulher, mais ainda não entendo o que Pricila tem haver com tudo isso, sei que ela namora com Gabriel, que estuda biologia e agora sei que é a "chefe" dos cobras, más o que ela tem haver com Pitter e sua mulher, tudo isso por causa de dinheiro, uma dívida causou a morte de muitas pessoas. Será?

-Oi Gatinha ta com fome?-Diz se abaixando ao meu lado.

Por um momento me permito pensar, quando uma lembrança me vêem, José era o irmão de LÍdia , agente estudou junto no sexto ano da escola, eu era amiga de sua irmã Lídia, agente não conversava muito mas me permiti chorar quando ela morreu, sua família se mudou após sua morte, eu era apenas uma menina e nunca soube o motivo de sua morte.

-José...Mais o que vc faz aqui?-Pergunto o encarando séria.

-Quem é você menina? Pera ai...não...você é a Katiane?-Pergunta exasperado.

-Katherine!-O corrijo.-Sim sou eu!-Ele sempre errou meu nome.- O que houve? Por que está nessa vida? Você vai me matar? E sua irmã o que houve com ela?-Pergunto tentando me soltar.

-Kathe tão ingênua! A vida é apenas um sopro!-Se levanta e caminha até a porta a fechando em seguida.

Tento me levantar e nada, minhas mãos estão amordaçadas com cordas fortes e minhas pernas amaradas uma a outra. Após vários minutos meu cansaço me vence então me permito descansar, minha barriga ronca alto, fecho meus olhos quando então ouço um grunido vindo da mulher ao meu lado.

-Oi. Você está bem?-Sussurro.

Ela abre a boca várias vezes parecendo fazer muito esforço.

-Jane.-Fala por fim.- Acho que estou bem! Não sei como meu marido foi me meter nisso, nossa eu fui sequestrada duas vezes, em falar nisso quem é você?

-Sou a...-Jane me interrompe.

-A chefe deles não né?! É claro que não se não estaria presa.-Parece pensar alto me deixando incrédula.-Desculpe continue.

-Katherine mais me chame de kathe. Conto a ela todo o ocorrido e ela me conta sua história exatamente a mesma que Pitter, porém descubro que Pricila no caso a chefe dos cobras tem uma grande influência na sociedade por isso ninguém soube de nosso acidente, e que seu namorado Gabriel é apenas mais um de seus capachos, ou seja Pitter e Rafael correm perigo.

-Olha eu tenho uma coisinha aqui!-Diz.

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Caçados na florestaOnde histórias criam vida. Descubra agora