Abençoe-me

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Nossa, você escrevendo fic sns? Sim, eu mesma! A verdade é que sou tão fã de sns quanto de NaruHina e amo uns lemon com os dois. Sabiam que dá pra amar ambos sem problema algum? Pois então.

A fic será atemporal queridos, então esperem que vão acontecer algumas quebras de tempo que a priori podem deixá-los confusos, mas em nome do lemon sns vale quase tudo.

Os olhos cerúleos perscrutavam atentamente o público que se dispunha organizadamente em silêncio contemplativo, atento ao discurso apaixonada do padre, que declamava com verdadeiro fervor e fé as palavras da sagrada escritura

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Os olhos cerúleos perscrutavam atentamente o público que se dispunha organizadamente em silêncio contemplativo, atento ao discurso apaixonada do padre, que declamava com verdadeiro fervor e fé as palavras da sagrada escritura.

O olhar era o de um homem completamente apaixonado por seu serviço a Deus, orgulhoso de sua tarefa ao recrutar mais ovelhas a seu exército divino, guiando-as para a salvação. E a despeito de sua idade, era perceptível na postura de seus ouvintes que estava alcançando seu intento, afinal, há anos não via aquele templo tão cheio de ouvidos e vozes em exaltação a palavra de Deus.

Naruto os arrebatada, um a um, com seu otimismo e mansidão. Talvez fosse capaz de converter até mesmo um satanista se quisesse. O amor que tinha pelo seu dever era deveras fascinante e envolvente, e levava os demais a repensar seus compromissos para com a própria religião. O loiro falava de maneira branda e gentil, abençoando-os a todos com um carinho especial, transmitindo a cada fiel, através da ternura e empatia, o amor fraternal que sentia por todos.

Benevolente e atencioso, não permitia que uma só alma saísse daquele templo sem sentir-se uno com o espírito santo.

No entanto para Sasuke, aquele padre poderia representava sua perdição.

Desde o primeiro momento sentiu-se fisicamente atraído pelo clérigo, desejando ter a benção dele para poder levantar aquela bata e descobrir os prazeres que se escondem por debaixo daquele pesado pano negro. Cada peça daquela vestimenta, e até mesmo o simplório pingente de madeira, esculpido em formato de cruz, que pendia em seu dorso, era como um combustível para seus sonhos eróticos e proibidos. Perdia-se fantasiando ambos em momentos lascivos, com o loiro vestido apenas com o colarinho e cordão enquanto o possuía com vigor. Certa vez, em meio a uma missa, acabou tendo que se retirar para poder resolver seu problema em um lugar reservado, antes que os pais percebessem.

— Algum problema, meu filho, está com febre? — Mikoto questionou-o com um sussurro, preocupada por notar as bochechas levemente coradas do filho.

— Não mãe, apenas um pequeno mal-estar. Volto já. — despediu-se, cuidando para esconder o volume em suas calças com o blazer, retirado minutos antes, e que serviu como escudo contra olhares curiosos.

Agradeceu mentalmente por encontrar o banheiro vazio e ao mirar-se no espelho, viu as bochechas ruborizadas, amaldiçoando aquela tez pálida que o denunciava quando estava com o sangue quente. Rapidamente, entrou em uma das cabines, cuidando para ser o mais silencioso possível enquanto se aliviava, tendo como estímulo as criações pervertidas de sua mente impura. Por sorte conseguiu conter os gemidos, e disfarçar a respiração entrecortada ao morder a barra da camisa, abafando os sons lascivos, enquanto manipulava-se com ardor. A mente entorpecida e os movimentos em sua mão esquerda, cada vez mais frenéticos, indicavam o alívio que chegou espalhando em longos jatos que ele conteve segurando a ponta do pênis para não sujar o chão. Precisou morder o braço que estava apoiado contra uma das paredes para abafar o urro que lhe subiu indômito pela garganta quando gozou. Enquanto normalizava a respiração, ouviu a aporta abrindo e novamente agradeceu a todas as entidades cósmicas por já ter terminado, ainda mais quando ouviu a voz grave do irmão lhe perguntar com o tom preocupado.

— Sasuke, está bem? Mamãe disse que estava passando mal.

Nunca em sua vida havia passado tanta vergonha. Foi uma verdadeira odisseia convencer o irmão de que estava bem e que em breve retornaria.

Naruto era a sua perdição. Aquele padre com o rosto atraente e olhar profundo. Queria poder esquecê-lo, e ignorar sua presença, mesmo assim estava sempre lá, todo domingo, esperando ansiosamente o momento em que ele subiria no altar para dar início àquele momento de contemplação onde a única coisa que prendia a atenção era a presença do próprio sacerdote, uma vez que suas palavras se perdiam em sua mente.

Receber a hóstia de sua mão era outro momento que lhe tirava a sanidade. Há anos ele não permitia que um padre colocasse o pão sagrado em sua boca, mas desde a chegada de Naruto ele fazia questão de sequer tocar no alimento, consentindo que ele colocasse em sua língua, fitando-o intensamente. O toque dele em sua cabeça, abençoando-o. Sasuke só conseguia imaginar a mesma mão grande e pesada passeando por seu corpo, arrepiando-se com os olhos azuis.

O confessionário era também palco de seus desejos perversos. Bastava entrar no cubículo e se pegar desejando que ele saísse do outro compartimento, entrasse no seu,  o imobilizasse com seu corpo e o tomasse. O Uchiha tinha vontade de admitir aquele pecado luxurioso e confessar que desejava a boca daquele homem tanto quanto seu corpo, queria deixar claro que o que sentia o estava deixando mentalmente doente. Mas não podia. Sua família não aceitaria aquele segredo que ele guardava para si desde a infância, e o impedia de admitir sua atração pelo sexo oposto.

Toda vez que retornava ao seu posto, do lado da família, e percebia o sorriso mínimo da mãe, ele sabia que não podia trazer aquela decepção para eles. Não se perdoaria por ser a ovelha desgarrada, o pecador entre os puros. Deus o havia feito homem e assim ele permaneceria, mesmo que fosse contra seus impulsos, e a natureza de sua libido. Faria o que era certo. Tiraria aquele padre, e todos os pensamentos devassos que ele trazia, de sua cabeça. 

No entanto, bastava um único olhar para que ele se desarmasse. Era como uma maldita armadilha. Bastava fitar aquele semblante sublime e devoto, que todas as certezas do Uchiha caíam por terra. 

Era de fato um pecador. 

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Eis que é a minha primeira tentativa. Espero que agrade. 

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