CAPITULO 4 - OMBRO AMIGO

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Retiro a mão de Liz do meu peito e sigo pra fora do refeitório.

- Por que ele não aceita pagar?

Anastácia anda de um lado para o outro.

- Sawyer tente mais uma vez, por favor.

Sua voz esta embargada pelo choro e de dor.

- Eu evito falar com ele, mas se preciso for eu ligarei, ele não pode negar ajuda a filha dele.

Filha?

Anastácia tem uma filha?

- Papai precisa me ajudar, ele é a minha esperança.

Ela tem dor em seu tom de voz.

- Obrigada pela ajuda Sawyer.

Ela se senta no banquinho e se entrega as lagrimas.

- Saudades da família?

Me sento ao seu lado.

- Da minha mãe sim.

Seus olhos e a ponta do seu nariz estão vermelhos por conta do seu choro.

- E seu pai?

- Eu não quero falar disso.

Ela desvia o olhar.

- Eu não tive um pai presente, ele sempre esteve preocupado com o trabalho.

Elame olha curiosa, parece se identificar com o que eu falo.

- O trabalho sempre esteve em primeiro lugar, ele nunca assistiu uma apresentação minha na escola, nunca se importou com os desenhos que eu fazia,

Desvio meu olhar do dela e olho para o horizonte.

- Ele nem se quer se lembra a data do aniversário dos filhos.

- E sua mãe?

Ela pergunta cautelosa.

- Minha mãe é ótima, sempre foi presente, cuidadosa e amorosa e sempre fez de tudo para que eu e Elliot não sentíssemos a falta dele, ela sempre tentava amenizar as coisas.

- Você sente raiva do seu pai?

- Não.

Eu a olho.

- Eu sinto dó dele, porque hoje nem Elliot e nem eu não nos importamos com ele.

- Meu pai era ótimo, estava em todas as minhas apresentações de escola, guardava meus desenhos, sempre se lembrou do meu aniversário

Eu a observo, ela parece buscar forças para continuar.

- Até o dia em que ele nos deixou, desde a separação ele nunca mais me procurou não me atende e nem me deixa ir à sua casa.

- Ele tem outra?

- Ana!

- Aqui!

Ana ergue a mão e Kate nos encontra.

- Desculpa atrapalhar a conversa, mas e que vão separar as equipes e já sairemos logo em seguida.

- Estamos indo.

- Aconteceu alguma coisa?

- Saudades da minha mãe.

- Sei.

Kate a olha desconfiada, mas não diz nada e volta para o refeitório.

- Vamos?

- Vamos.

Voltamos para o refeitório e vejo Elliot muito felizinho conversando com o Dr. Makeda.

- Ele está aprontando alguma.

Sussurro, mas Ana escuta.

- Quem está aprontando?

- Elliot meu irmão.

Ela me olha esperando que eu continue.

- Eu conheço aquele sorriso dele.

Ana olha para Elliot e sorri.

- Realmente ele parece mais feliz que o normal, não que eu o conheça, mas geralmente.

Ela começa a se explicar desesperadamente.

- Ana.

Toco seu braço e sinto uma corrente elétrica nos unir.

Ela sentiu a mesma coisa, pois me olha assustada.

- Está tudo bem eu entendi.

Sorrimos e voltamos nossa atenção ao Dr. Makeda.

- Então as equipes serão divididas entre Azul e Vermelha, cada equipe terá um representante das empresas Grey e um voluntario mais experiente.

Voluntário mais experiente? Que isso não seja ideia de Liz.

- Equipe Azul será composta por Anastácia Steele e Ethan Kavanagh

Nos três nos juntamos ao lado esquerdo do Dr. Makeda.

- Equipe Vermelha será composta por Katherine Kavanagh e Paul Clayton.

Os dois caminham para o lado direito de Dr. Makeda.

Liz sorri para Dr. Makeda de uma forma que me incomoda.

- Elliot acompanhará a equipe vermelha e Christian acompanhará a equipe azul.

O sorriso de Liz se desfaz ao ouvir Dr. Makeda.

- Os voluntários que irão acompanhá-los será Mia Evans que ficará na equipe Azul e Hanna Brant que ficará na equipe vermelha.

Dr. Makeda termina suas anotações e nos olha.

- Estão dispensados, podem se reunir e começar seus trabalhos.

Enquanto caminhamos para uma das mesas para ouvirmos de Mia suas experiências vejo Liz caminhar a passos duros em direção a Makeda.

Ela não me parece nada feliz com o que ele disse. 

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