CAPITULO 3 - VIAJANDO DE ECONOMICA

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Anastácia está dormindo e sem perceber se apóia em meu ombro, sua respiração e leve e suas feições parecem de quem está tendo um sonho ruim.

- Não, por favor, não, não me obrigue a isso.

- Ana!

Toco seu rosto levemente.

- Não...

- Ana!

A chamo mais alto um pouco.

- Por favor...

- Ela não me ouve pois está de fone.

Retiro seus fones e a chamo.

- Anastácia!

Ela se senta em um sobressalto e me olha assustada.

- Está tudo bem?

Ela olha em volta e seca uma lágrima.

- Sim, e me desculpe ter lhe incomodado.

- Não foi incomodo.

Ela sorri e coloca seus fones.

O piloto da as instruções de vôo e eu me reencosto e a olho.

Que esses 90 dias sejam os melhores para nos Anastácia!

- Anastácia!

Ela me olha e eu me perco nas suas esferas azuis.

- Está tudo bem?

- Está sim!

- Desculpa, mas não parecia, no seu sonho você pedia para que não a obrigassem a fazer algo.

Ela tem um olhar de medo.

- Eu disse mais alguma coisa?

- Não.

- Não precisa se preocupar está tudo bem.

Ela tem uma tristeza no olhar

- Tem muito tempo que você se formou?

Ela suaviza seu olhar e um lindo sorriso brota.

- Não, me formei há um ano e logo já comecei a minha especialização.

- E porque decidiu vir nessa viagem?

- Eu quero viver experiências novas, fora de um hospital e um consultório, existem pessoas que precisam mais de mim e dos meus cuidados e que posso ir até elas.

Ela tem um brilho nos olhos.

- E porque escolheu pediatria?

Seu sorriso se desfaz e seus olhos se tornam perdidos.

- Eu amo crianças, se eu gostaria de poder cuidar e salvar todas elas.

- Existe uma em especial que te faz pensar assim?

Ela se assusta com a minha pergunta e antes que ela possa me responder Katherine nos interrompe.

- Por favor você poderia trocar de lugar comigo?

Ela parece furiosa.

- Aconteceu alguma coisa Kate?

- Sim, aquele individuo sentado comigo não me deixa dormir.

- Aquele individuo teria nome?

- Elliot, meu irmão.

Elas me olham.

- Sim ele é um idiota senhoritas.

Me levanto e sigo em direção a Elliot.

- Fazendo merdas Elliot?

- Aquela loirinha é arisca, mas te garanto que ela ainda vai gamar em mim.

- Você é muito convencido.

- E você, é um chato.

- Pelo menos eu não sou chamado de idiota por uma dama.

- Ela me chamou de idiota?

- Sim.

- Quero ouvir ela me chamar de idiota quando eu estiver em cima dela a fazendo gozar.

- Elliot, ela tem um anel de noivado.

- Anel de noivado?

- Você por acaso não viu?

Ele olha em direção a poltrona onde ela está e a vê admirando seu anel.

- Merda!

- Você vai precisar arrumar outra paquera para essa viagem.

- Eu não vou desistir dela.

- Você quem sabe.

Desembarcamos na Somália perto do meio dia seguimos para o acampamento onde fomos recebidos pelo médico que irá nos acompanhar.

- Srta. Liz!

- Dr. Makeda!

- Esses são os jovens que irá nos acompanhar?

- Sim, este é Dr. Ethan Kavanagh, Dr. Paul Clayton, Dra. Katherine Kavanagh e a Dr. Anastácia Steele.

Liz apresenta cada um ao Dr. Makeda.

- E estes dois jovens são?

- Christian e Elliot somos representantes das empresas Grey.

Me antecipo a Liz, antes que a mesma diga que sou o magnata Grey, coisa que eu não estou nem um pouco a fim de espalhar.

- Sejam todos muito bem vindos, eu irei separá-los em dois grupos e deixarei um representante em cada para poder acompanhar os diferentes tipos de trabalhamos que fazemos aqui.

- Estamos ansiosos por conhecê-los.

Dr. Makeda nos guia até o alojamento onde tem apenas dois grandes dormitórios, o feminino e o masculino e logo após nos instalarmos em nossos aposentos ele nos guiou para o refeitório onde almoçamos em silêncio.

- Algum problema Christian?

- Não.

- Você parece distante.

- Só estou impressionado com essa realidade tão diferente e cruel.

- Mas você está mudando ela.

Liz toca meu peito e me olha com desejo.

- E eu farei de tudo para mudá-la sempre.

Retiro sua mão do meu peito e sigo pra fora do refeitório.

- Por que ele não aceita pagar?

Anastácia anda de um lado para o outro.

- Sawyer tente mais uma vez, por favor.

Sua voz esta embargada pelo choro e de dor.

- Eu evito falar com ele, mas se preciso for eu ligarei, ele não pode negar ajuda a filha dele.

Filha?

Anastácia tem uma filha?

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