someday in december || LARRY ONESHOTS ||

it's a sweet sweet christmas

larryauthor

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Resumo: É dezembro e Harry está vendendo doces na rua para conseguir juntar dinheiro para ir passar o natal com sua família, na Inglaterra. Louis e sua filha, Marjorie, se apaixonam pelos doces e pelo confeiteiro.
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- Papa, nós estamos atrasados! - Ouvi a minha filha de seis anos gritar no quarto ao lado enquanto eu corria pelo meu próprio quarto, trocando de roupas e tentando parecer decente.

Dezembro estava começando bem.

Notem minha ironia.

- Eu sei, querida! - Gritei de volta, puxando uma blusa do cabide e me apressando em passá-la pelos meus braços - Já está pronta?

- Meu cabelo!

- Pegue sua mochila e me espera na sala! A lancheira está em cima da mesa da cozinha!

- E o meu cabelo?

- Eu vou te ajudar, só faça o que eu mandei!

Um suspiro involuntário me escapou. Ser pai solteiro nunca foi, não era e, arrisco dizer, nunca será fácil. Deveria existir algum tipo de curso preparatório ou manual de como criar filhos e de como enfrentar todos os tipos de situações possíveis. Claro que o tempo ajuda um pouco, porém cada dia é um novo aprendizado e uma nova experiência. É impressionante como sempre há uma nova lição para aprender e coisas inesperadas para acontecer.

Algumas vezes, também é muito assustador.

Especialmente quando se é novo em um lugar e o resto de sua família está do outro lado do oceano.

Abotoei até o último botão da camisa social preta e encarei meu reflexo no espelho. Até que eu estava sexy para quem acordou num pulo e mal teve tempo para escovar os dentes. A calça jeans escura era justa e, para ser honesto, me deixava bem gostoso, assim como a camisa que abraçava meu corpo, realçando meus bíceps e alargando minhas costas. Meu cabelo estava bagunçado e eu rapidamente o escovei com os dedos, ajeitando minha franja e...

Mon Dieu, eu estou com cabelos brancos!

Quando eu havia ficado tão velho?

- Pai!

- Estou indo! - Revirei os olhos, espirrando um pouco de perfume no meu pescoço, e pegando os vans brancos jogados no chão, enfiando-os nos pés sem sequer colocar uma meia.

Desci as escadas correndo e encontrei minha garotinha (que estava crescendo rápido demais para o meu coração aguentar) parada no meio da sala. A mochila amarela jogada aos seus pés e os cabelos rebeldes parecendo um ninho de passarinho. Não consegui evitar uma risadinha e ela me encarou, parecendo um pouco mal-humorada, antes de estender a escova em minha direção.

- Minha lancheira está vazia.

- Eu coloquei uma caixinha de suco de uva.

- Eu vou ficar com fome! - Exclamou exasperada, me fazendo rir.

- Não tive tempo de preparar nada ontem e ainda não fui ao supermercado para fazer a compra do mês. - Murmurei, escovando seus fios castanhos claros, num tom de areia, rapidamente e os prendendo em um rabo de cavalo alto com um elástico preto de lacinho - Nós vamos comprar algo naquela padaria perto da escola, ok?