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Como se soubesse que eu tinha o esculachado durante minha redação, Jimin encarou-me mal-humorado assim que eu entrei no quarto de nosso dormitório.

Suas malas estavam jogadas de qualquer jeito ao redor de sua cama, o que fazia praticamente impossível com que eu chegasse na minha.

Não me senti mal por encará-lo naqueles poucos segundos. Me agachei e empurrei suas malas para debaixo de sua cama, tentando ao máximo não ser brusco.

Não deu certo.

Jimin, arisco, passou sua mão direita por minha franja, embolando os dedos em seu cabelo. E eu parei, ali, sentado ao lado de sua cama, sentindo meu corpo querendo virar-se ao avesso.

Ele não se importou em ao menos levantar o rosto, e deixou com que suas bochechas se pressionassem sobre seu travesseiro.

Me encarou. Não tive certeza do que pensava.

Ele não parecia exatamente triste, ou aborrecido. Estava só... Não Jimin.

—Essa é a última vez que vou te ver em um bom tempo. —Murmurou, olhando para suas próprias mãos ao invés de meus olhos.

Mordi meus lábios.

Senti vontade de perguntar o que aquilo significava para ele.

Mas me mantive em silêncio, me obriguei a ficar quietinho.

E aproveitei, meus últimos minutos com seu carinho extenso.

i like to say it is just a little bitOnde histórias criam vida. Descubra agora