Depois daquela sensação estranha assim que cheguei na faculdade, finalmente chego na sala de aula. A aula super tranquila, de geografia com uma professora muito legal por sinal falando sobre as divisões dos planetas, países e regiões. A vontade que tive era sair correndo daquela aula chata, mas tenho que absorver tudo aquilo para poder ir fazer intercâmbio.
Coloco minha mochila em cima da carteira, sentada no fundão da sala, ligo meu celular para ver novas mensagens... Ainda distraída com os meus pensamentos sinto alguém me observando. Paro com o que estou fazendo e me viro, no lado esquerdo e um pouco distante de onde estou sentada aquela garota falsa me encarando como se fosse me comer com os olhos. Ela, a cobra em pessoa, que trai a todos em sua volta, Mariana.
– O quê que essa menina tá olhando assim pra mim? – Ainda com a boca fechada a observo cada pedaço do seu olhar macabro para os meus tentando entender o que essa garota tem. E algo estala em minha cabeça, me querendo rapidamente sair daquela sala para investigar algo que surgiu em minha mente.
– Droga, droga, toca sinal. – Grito em minha mente rezando para o sinal tocar. Olho para o relógio e me decepciono sabendo que falta ainda 15 minutos para tocar...Muito ansiosa e sem chances de escutar mais àquela aula, levanto a mão direita tão rápido como uma mosca, nem pensei no que eu queria dizer a professora para sair dali, apenas agi com meus impulsos de um coração acelerado sem pensar em um plano de fuga à aula mais chata que aquela.
– Sim Nicolly? – A professora Michelle Maria olha para Nicolly ainda com a mão estendida esperando por resposta.
Saindo do desvaneio do meu subconsciente, sinto meu braço direito formigar e o meu ombro arder. Abaixo a mão e peço gentilmente a professora para ir ao banheiro.
– Mas Nicolly, espera mais um pouco que a aula já vai acabar.
– É.. que estou muito apertada professora Michelle. – Demonstro fazendo uma careta.
– Ah, se for assim, tudo bem, pode ir. – Ela diz acenando à porta.
Pego minha mochila, guardo o celular no bolso e levanto-me, olho para à esquerda e vejo Mariana ainda me observando, disfarço e saio em disparada pela segunda porta do lado direito do fundão da sala. – Tem algo errado, tem algo errado.. – Penso intensamente essas palavras e sinto que preciso descobrir o que está acontecendo.
Assim que deixo a sala, vou correndo para a sala da diretoria, desconfio por um breve momento do por quê os corredores estão vazios e lembro que faltava uns 15 minutos antes de deixar a sala que ia tocar o sinal. Fico ainda mais feliz por saber que aqueles corredores não estão abarrotados de alunos na hora que eu fosse sair e correr para a diretoria para começar minhas investigações.
– Mariana, está muito estranha hoje. E algo surgiu em minha cabeça que não tinha pensado antes. Preciso conversar isso com alguém, mas antes preciso descobrir o que está havendo aqui. Desde que cheguei nessa faculdade, além de Gustavo e Sarah que tenho encontrado aqui, encontrei agora Mariana estudando na mesma sala que eu. Como assim? Que eu saiba antes de terminar o ensino médio, Mariana não ia ficar por aqui por que o Mateus ia estudar em outro lugar, em outra cidade de São Paulo, e se ela está aqui, ele também deve estar. – Com meus pensamentos borbulhando sobre o assunto, chego na porta da sala da diretoria e vejo que a senhora Ana à secretária da diretora Adriana Fonseca se encontrava ali. Então, se ela está ali, a diretora Fonseca não se encontra.
Ana, é uma senhora de 70 anos de idade que está trabalhando ali há muito tempo na secretaria daquela faculdade. Nunca descobri o sobrenome dela por que ela nunca disse para aluno nenhum. Como estou há pouco tempo na faculdade, eu sempre tentei chegar no assunto do sobrenome dela e sempre ela desconversa. Mas, fora os segredos familiares que ela carrega, eu sempre cheguei com algo para oferecê-la quando ia na diretoria conversar sobre minha matrícula na faculdade.
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A Perseguição
Mistério / SuspenseNicolly Small Mattos, 23 anos vive em uma cidade Nobre de São Paulo chamada, Alphaville. Mora atualmente com seus pais, Eduardo Small Mattos, 43 anos e Andreia Small Mattos, 42 anos. Tudo na mais perfeita harmonia, Nicolly sempre levou sua vida de...