Heavy Rain (Camren)

Parte 14 - Irmãos Metralha

Olha quem está de volta?!

Lembrando que, oficialmente, a fic está em hiatus, mas sempre que der vou aparecer por aqui. Mas não criem expectativas, sabe.

Alguém aí curte baseball? Ontem fui ao meu primeiro jogo dos Yankees, no Yankee Stadium. O templo do baseball. Fiquei tão feliz!!

Também vi um esquilo esses dias. Tão fofo 💜

Se estiver tudo bem pra vcs, vou contando um pouco da minha vida aqui em NY pra vcs 😜

PoV Lauren

Ri baixinho, observando os ombros de Alexandra balançarem de um lado para o outro, suavemente, enquanto a garota cantarolava alegremente. Ela parecia radiante essa tarde. Talvez eu tivesse tentado arrancar dela o motivo de toda essa felicidade, mas Lex desconversava e voltava a cantarolar.

    Ela picava os legumes, ainda mexendo os ombros e às vezes fechava os olhos enquanto deixava um sorriso bobo dançar em seus lábios. Eu até acharia a cena linda, mas ficava preocupada com o destino da faca que ela tinha em mãos. Se Lex chegasse em casa com um corte no dedo, certeza que Camila viria até aqui só para desenhar um Y no meu tórax com a mesma faca.

    - Lex – Minha filha abriu os olhos rapidamente, com a expressão um pouco assustada – Deixe de pensar na Em por um segundo e termine de cortar os legumes, sim? – Os grandes olhos verdes da minha pequena quase saltaram das órbitas e foi necessário algum esforço para reprimir minha vontade de rir. Aquela satisfação de chutar e acertar, sabe? – Sem acidentes nessa cozinha hoje, pequena.

    Avancei até minha filha, bagunçando seus cabelos escuros e depositando um beijo carinhoso em sua têmpora. Alexandra nem se deu ao trabalho de responder, voltando-se para os legumes com as bochechas em chamas, enquanto eu me voltava para a carne que preparava.

    Era engraçado porque minha filha não era exatamente uma garota tímida. Pelo contrário, ela herdara toda a espontaneidade de Camila que, para piorar, era combinada com a absoluta desinibição que ela pegou de Dinah, por osmose.

    No entanto, lá estava minha garotinha com o rosto corado por ter sido descoberta com os pensamentos viajando até a pessoa de quem ela gosta. Como foi que ela cresceu tão rápido?

    O som da campainha cortou minhas divagações e minha filha me encarou com o cenho franzido.

    - Tá esperando mais alguém, mãe?

    Meneei a cabeça, indicando que aquela visita não era esperada e acenei com a mão para que Alexandra se mantivesse na cozinha e com a faca na mão, preparada.

    Depois de anos lidando com toda a sorte de criminosos, era natural que eu ficasse um pouco paranoica com visitantes inesperados. Ri, negando com a cabeça quando identifiquei pelo olho mágico os cabelos lisos e escuros da figura que aguardava em frente à minha porta.

    Ela mastigava a parte interna da bochecha com uma clara expressão de tédio e já se preparava para afundar o dedo na campainha novamente quando abri a porta.

    - Que demora pra atender, branquela – Vero inclinou-se sobre as pontas dos pés, largando um beijo rápido na minha bochecha antes de se precipitar para dentro do meu apartamento – tá com a professora gostosa aí?

    Eu ri. Não pude evitar. De alguma forma, eu havia me acostumado rapidamente com o jeito despachado de Veronica. Embora não nos víssemos com muita frequência, a gente se falava todos os dias, fosse por ligação, FaceTime ou algum aplicativo de conversas em tempo real.