Capítulo 1

64 6 30
                                    

Deitada sobre a minha cama agarrada a minha nova aquisição quando a minha progenitora bate há porta do quarto entrando logo a seguir a lhe dar permissão para tal.


"Diga mãe." - falo retirando os fones que estavam anteriormente nos meus ouvidos -

"O teu pai quer falar contigo,querida." - anuncia e logo me levanto dirigindo-me ao seu escritório no andar de baixo -


Bato a porta e logo me dá permissão para entrar.


"Precisa de falar comigo?" - pergunto antes de me sentar na poltrona de frente para o mesmo, sinto-me muito insegura quando o tenho que fazer, aliás eu acho que nunca me senti segura em momento algum -

"Sim quero,Phoebe." - o meu pai quando usa o meu nome para o que quer que seja nunca é algo bom, não que eu me lembre - "Eu fiz um negócio."

"Outro?" - é a primeira coisa que me sai da boca e já sinto o seu olhar pesado sobre mim -

"Vou ignorar o tom." - suspira rabiscando a sua assinatura em alguns papeis - "A empresa estava a precisar urgentemente deste novo investimento e eu tive que ceder." - pergunto-me qual será o negócio, e porque será que me chamou aqui, já que nunca o fez -

"Onde é que eu entro nisso?"

"Vais te casar." - o quê, eu ouvi bem o que ele disse ou foi só uma alucinação minha, é que eu acho que o ouvi dizer que me ia casar -

"Pode repetir?"

"A nossa empresa estava a perder audiência digamos assim e o mesmo está a acontecer com a empresa da nossa sócia." - riu abanando a cabeça e acho que já cheguei lá -

"Estão a deixar de ser falados é isso? A fama está a desaparecer deixando apenas o proveito?!"

"Seguindo em frente, ambos falamos e achamos porque não casarmos os nossos filhos, visto bem porque não?" - eu já nem consigo perceber se ele está apenas a brincar ou a falar a sério -

"Estou a ver, já que o pai foi obrigado a casar-se ... eu também posso ser porque é algo normal." - deve ter sido a primeira vez que falei para com o meu pai com algum sarcasmo, porque pensar, isso já o fiz várias vezes -

"Phoebe não sejas dramática, não é um bicho de sete cabeças, só precisas de ficar casada durante o tempo que está no acordo ... depois podes te divorciar e isso sim, dará ainda mais audiência." - fala entregando algumas pastas à sua assistente pessoal - "Além disso talvez aprendas várias coisas, o que é ter responsabilidades, o que é ter que fazer, aprenderes a comportares-te em público."

"Eu não posso fazer isso." - digo - "O pai não me pode fazer uma coisa dessas."

"Já fiz." - fala com a maior tranquilidade do mundo -

"Já fez como? Se é um contracto eu tenho que assinar certo?" - ri -

"Certo e vais fazê-lo." - ele ajeita a gravata e retira de uma das suas pastas três folhas agrafadas, pousa as mesmas à minha frente, uma caneta é colocada perto do pequeno espaço de assinatura -

"Vou fazê-lo porque o pai quer? Não." - nego de imediato -

"Assina Phoebe." - reforça -

"Não, e não vou voltar a repetir." - ele faz sinal à sua assistente e a mesma sai fechando a porta -

"Phoebe se tu não assinares, vais ser a culpada, e parece-me que a tua mãe não vai gostar nada disso." - suspiro -

"Está a fazer chantagem?"

DEALINGWhere stories live. Discover now