Jardim

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Astoria não conseguiu sentir-se culpada sob o olhar de traição de Daphne a ela e Draco, como se eles fossem rebotalhos pelo que fizeram.

Sua mãe apenas não abria a boca para intrometer-se por parecer orgulhosa da bronca que Daphne dava neles — devia estar pensando o quão boa mãe ela seria —, além de que Draco estava presente, e ela nunca daria esse vexame.

Ao contrário dela, Astoria apenas pensava que tanta raiva significava que tudo tinha dado certo. Conhecia sua irmã bem demais para saber que ela odiava quando as coisas não iam conforme os planos, e ela parecia mais confusa do que frustrada por toda a situação.

— Eu não vou conseguir tirar nada de Daphne — ela disse, caminhando pelo jardim com Draco.

— Eu tampouco — ele retrucou — De Theo, então, nem se fala. Ele só vai falar se quiser...

Astoria olhou para o céu cheio de estrelas brilhantes, procurando pela constelação do dragão, embora já tivesse uma bem ao seu lado.

— Já passou da época em que Daphne confiava em mim — ela disse — Nos últimos tempos, está fazendo de tudo para afastar-se.

— Ela não tentou puxar assunto contigo outro dia? — Draco franziu o cenho.

— Ela odeia silêncio, é diferente.

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