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confused

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Taehyung sempre fora uma pessoa sorridente.

A maioria diria que ele tinha a alma de uma criança, sempre altruísta e prestativo. Porém, isso foi por conta de sua criação, não se arrepende por isso. E agora seu maior desejo seria ajudar o tal Jungkook a sua frente.

Mesmo não se conhecendo, pareciam tão diferentes. Jungkook estava em um momento digamos sensível, mas ainda tinha uma atmosfera escura pairando sobre si, fechado e calado. Já Taehyung era feliz, brilhante e extremamente comunicativo. 

— De quem gosta além da IU, Jungkookie?

Depois de longos minutos em silêncio, mal iria perceber que não estava sozinho. Porém, queria ficar quieto por mais tempo, pensar incessantemente mais, mas só de olhar para os dedos inquietos de Taehyung em suas coxas e os calcanhares batendo no chão em um ritmo acelerado, constatou que ele realmente queria falar.

E que as chances de ele ter algum distúrbio de hiperatividade são bem grandes.

Tirando tudo isso... fala sério, Jungkookie?

— Jungkookie?

Taehyung olhou pra baixo, levemente receoso.

— Fui muito íntimo? Desculpe-me.

— N-não, tudo bem, eu só... não estou acostumado.

— Seus amigos não lhe apelidaram?

Um dedo no gatilho pode lançar uma bala por acidente se a arma estiver destravada. Foi exatamente esse o poder dessas palavras sobre Jeon.

Ele não tinha amigos, não tinha tempo. Apenas estudava muito e trabalhava mais ainda, quando finalmente tinha sossêgo o que mais queria era ficar em casa, com a consciência de que seu pai só voltaria no dia seguinte pela ressaca excessiva.

— E-eu...

— Espere... o que?

Jeon o encarou, confuso.

— O que... o que?

— Não tem amigos? Eu aqui no maior medo de perguntar se você namorava.

Queria rir, mas suas experiências escassas em relacionamentos foram catastróficas.

Então apenas ruborizou as bochechas pela tamanha indireta do interesse do homem a sua frente, extremamente nervoso.

— Bom, eu...

— Serei seu amigo de agora em diante.

Tal afirmação fez o pálido arregalar os olhos. Como uma pessoa pensa que as coisas se resolvem fáceis assim?

— O que?

— Exatamente – manteve a feição neutra e amigável – não sei quais são seus motivos, mas já que vamos passar um bom tempo aqui, pelo menos temos que ter a capacidade de dialogar.

— Tudo bem – disse baixinho, quase imperceptível.

— Muito bem, Jungkook– 

— Jeon. Jeon Jungkook – respondeu, sabendo que esse era o motivo da pausa da fala do outro.

— Sim, obrigado pela confirmação. Agora, conte-me sua história, Jeon.

O mais novo prensou os lábios um ao outro, apreensivo. Não gosta de falar de si, nunca gostou. Mas queria falar com ele, porém a dor era grande demais pra espalhar para alguém a qual só sabe o nome e tem uma suspeita do cargo.