2º discurso do dia

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-Steve! -Dei alguns tapinhas em seu rosto enquanto Peter jogava água, os outros estavam cercando o meliante para o impedir de fugir. Até que ele abriu os olhos assustado. -Ah, glória. Vem cá, amor, levanta, está tudo bem, senta aqui.

-O que aconteceu? -Ele se sentou na banqueta, pegando o copo de água da mão de Peter e tomando.

-Peter está namorando. -Thor exclamou, segurando o meliante pelos ombros e o fazendo sentar na cadeira. -Este homem feio aqui.

-Ele não é feio, Thor! -Peter saiu em defesa do homem feio.

-Eu sou feio sim, Petey. -Seria engraçado se Steve não tivesse cuspido toda a água em mim.

-PETEY?!

-Wade, já te disse para não me chamar assim perto das pessoas! -Eu segurei meu filho, que foi seriamente empurrado pelo outro pai, que se levantou -certeza que ele cresceu uns 5cm só de raiva- e andou firme até o meliante.

-Quem é você? Desde quando está com a minha filha? -Peter tremeu nos meus braços, Steve estava gritando muito, até os nossos amigos ficaram paralisados.

-Sr. Pai do Peter, cal-

-Não manda eu me acalmar! -Segurou o meliante pelos ombros, eu só segurei Peter comigo, antes que ele (ou eu) resolvêssemos intervir. -Foi você, hã? Foi você que colocou essas ideias na cabeça dela? FOI VOCÊ QUE FEZ ISSO COM A *****?!

Eu não consegui fazer nada além de segurar minha criança, sentindo-o tremer pelo nome de registro falado tão alto. Eu estava pronto para deixar a criança junto com algum dos convidados e ir falar com Steve, mas no que o meliante levantou, de cara fechada, quase batendo o peito no peito do Steve.

-Ele chama Peter, e ele não foi influenciado por ninguém a nada. -Devia pegar uma pipoca? Nada é tão legal quanto uma briga de sogro e genro. -Sei bem que você é um bom pai, Peter fala muito bem de você pra mim, de você também, Sr. Stark. Imagino que esteja nervoso, tanto com Peter sendo Peter, tanto quanto com Peter me namorando, mas nós estamos juntos, ele está feliz e você não vai tirar isso dele. Ele é seu filho, e é seu dever, como pai, não tirar alegria dele, e honestamente, você não vem fazendo isso direito.

Quando o meliante acabou, Steve se virou para mim, vendo Peter nos meus braços, tremendo, e vendo minha cara de decepção.

-Filha... -Peter se desvinculou dos meus braços só para empurrar Steve.

-É PETER!

Ele pegou o meliante pelo braço e foram em direção ao quarto, Steve olhava para as escadas completamente desolado e, bom, nos bons e nos maus momentos estava no papel, né?

-Ok, circulem, vão atrás da criança e daquele homem feio, impecem que fujam ou pulem pela janela. -Rapidamente todos os 7 convidados subiram correndo para o quarto dele, e eu abracei Steve, que segurava as lágrimas nos olhos. -Calma, Steve, 'tá tudo bem.

-Não, Tony, não está, você sabe disso. -Ele me abraçou de volta, chorando desesperado e quase me quebrando a coluna. -O que eu estou fazendo? Estou agindo como o seu pai, só que 20x pior. Eu quero subir e falar com... com ele... com Peter... com meu filho... mas eu estou com vergonha... Eu sou um pai horrível, Tony.

-Já acabou? -Passei o dedo por sua bochecha, limpando as lágrimas. -O que você fez já foi, agora você precisa subir e falar com ele, pedir desculpas pelo que falou, principalmente por tê-lo chamado de, bom, você sabe. Também não me agrada aquele meliante feio namorando meu bebê, mas não temos muito o que fazer além de aceitar e conhece-lo, para depois decidir o que achamos dele.

Ele só continuou (quase me matando) me abraçando, até me arrastou para se sentar no chão. Eu segui fazendo carinho nos cabelos loiros e acariciando suas costas musculosas até que ele parasse de chorar, ou só diminuísse o choro.

Só que, de repente, aquele doido levantou e disparou para o quarto de Peter, fazendo eu, um sedentário que passa o dia todo programando, sair correndo desesperado atrás dele.

-Steve, caralho, "ter que sair correndo atrás" não estava escrito no papel que eu assinei!

Peter estava sentado na cama, ao lado do meliante feio (eu já até esqueci o nome dele), olhando Steve, tentando parecer nervoso, mas ele só parecia um filhote mostrando os dentinhos. Ai, eu amo uma criança.

-Pai, e-

-Não, Peter, eu vou falar dessa vez, e vocês todos vão ficar bem quietinhos até eu terminar. -Steve puxou uma cadeira e a posicionou de frente para a cama. -Sei que um pedido de desculpas não vai resolver o que eu falei lá em baixo, mas eu não tenho nada a oferecer além disso. Você sempre foi meu bebê, e eu realmente não venho sendo o melhor dos pais, o homem feio tem razão. Mas, por favor, me desculpe e me dê mais uma chance, eu prometo que serei um pai decente... para o meu filho.

Eu estou chorando? Acho que estou, meu senhor, eu casei mesmo com esse homem? Ele é real? Eu não estou alucinando? Não é possível que alguém tão maravilhoso seja real.

Peter estava chorando, já era a segunda vez, só hoje, que Steve fazia um discurso pra ele e ele chorava de felicidade. Ele se jogou em Steve e ficou abraçado nele igual um filhote, novamente, sussurrando um monte de "eu te amo, papai" e "está tudo bem".

-Bom, devemos comer? -O meliante perguntou, tentando quebrar o gelo, mas apenas recebeu um olhar torto de Steve e de mim.

-Não vai achando que tem toda essa intimidade. -Apontei para ele, mexendo o dedo. -Nem lembro seu nome.

-É Wade. -Ele sorriu, apesar de todas às cicatrizes horríveis, o sorriso é bonito.

-Ok, meliante. -O empurrei para fora do quarto, fazendo sinal para os outros saírem do quarto. -Vamos logo, a maldita comida já deve ter esfriado.

Todos seguiram Wade até a cozinha, Steve e Peter passaram por mim e deixaram um beijo em casa lado do meu rosto antes de  descer as escadas.

Eu não sei, eu amo meus meninos.

-Xx-
Tomara que eu morra de amor

Ó, eu achei que uma exposição de nome de registro cabia para caralho e deixava tudo mais dramático, mas honestamente, eu nunca iria expor um nome de registro, ainda mais em uma fic, que eu tenho total liberdade de enfiar um monte de * e fica tudo bem. Eu nem me dei o trabalho de pensar em um nome, pra ser bem honesto.

Enfim coisinhas, eh isto, comentem ai pra eu me divertir respondendo

É nois

My SON // superfamilyOnde histórias criam vida. Descubra agora