Ai, caralho

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Eu desisti de nome de capítulo, eh isto

-Xx-

Peter insistiu em ele mesmo fazer a janta, estava uma pilha, completamente nervoso e ansioso, disse que cozinhar aliviaria um pouco. Eu resolvi tirar esse tempo para falar com Steve, enquanto a comida não estava pronta e as pessoas ainda não chegassem.

-Steve, deita aqui. -Assim que o vi sair do banho, com um roupão branco, o chamei para perto. Ele ainda estava meio perturbado com a revelação, olhando para o chão, e nem se importando em molhar o chão ou não. -Está tudo bem?

-Tony, eu sou um pai ruim? -Foi tão do nada, tão sincero, eu nem sabia o que responder.

-Não meu amor, não é. -Me aproximei do homem na beira da cama. -Você só não se acostumou ainda, é normal, e a sua reação não foi desmedida, você é assim, tenso.

-Será que ela... E-ele está chateada-do com o jeito que eu agi? -Ele estava vermelho, era muito mais difícil para ele, mesmo que eu fosse mais velho. -Meio rude, eu devia ter abraçado vocês, não ligado para a Natasha.

-Vamos lá na cozinha falar com elE. -Enfatizei o "E" mais para mim mesmo, que quase deixei escapar um "A", do que para Steve. -Ele vai entender que será mais difícil a sua adaptação, é só não falar o seu nome... Sabe, de registro.

-E se eu falar?

-Você se corrige e pede desculpas. -Segurei suas mãos, ele estava tremendo. -Não precisa se desesperar, Steve, não é uma adaptação fácil, chamamos ele de, bom, de elA há 9 anos, mas se você teve a cara de pau de brigar comigo porque eu chamava o Raichu de Pikachu grande, e sabia de cor todos os nomes das evoluções e nunca confundia, você se acostuma logo a chama-lo de Peter.

Ele riu e me deu um leve selinho, levantando para colocar uma roupa antes de descer falar com Peter. Ele falou que queria fazer isso sozinho, sem que eu estivesse junto. Ele costuma fazer isso, gosta de fazer as coisas sozinho, mais concentrado, dizia que eu falava muito e sempre o confundia. No começo me irritava muito, mas hoje, depois de 17 anos casados, nem ligo mais.

Me encostei na cabeceira da cama, pegando um livro em mãos e me pondo a ler, no aguardo de um sinal de vida de um deles. Não demorou tanto quanto eu imaginei até Peter dar um berro, e eu sair correndo desesperado até a cozinha, pronto para dar uma voadora no meu próprio marido e pegar minha criança no colo para fugirmos.

Mas não precisei, Peter estava abraçado como um filhote em Steve, chorando em seu ombro, e o meu marido sorrindo para o nada, agarrado na criança. Segurei a vontade de me juntar ao abraço, era um momento deles. Eles realmente precisavam.

-Ok, meus amores, o que aconteceu? -Perguntei assim que os dois se soltaram.

-Papai vai comprar um binder para mim! -Ok, duas coisas: 1) Peter não chama nenhum de nós de "papai" há muito tempo e eu estou emocionado com isso; 2) o que é binder?? -Você não sabe o que é um binder, né?

-Na verdade não. -Peter deu uma risadinha baixa, Steve só gesticulou, dizendo que também não sabia o nome.

-É aquele colete que aperta os seios. -Me explicou, e colocou ambas as mãos no peito, o apertando. -Sabe, para ficar mais reto.

Eu só o abracei, era como uma segunda puberdade, e imaginar algo apertando a minha criança não era nem um pouco agradável, mas né, se ele vai se sentir confortável, quem sou eu pra impedir?

Bruce tinha acabado de chegar junto com Natasha, ambos trouxeram presentes, como se tivéssemos acabado de chegar em casa com a criança recém-adotada. Nat trouxe um perfume masculino, que ela disse ser o que mais a atrai, e Bruce trouxe um samba-canção com estampa de dinossauro. Estávamos todos na cozinha, tomando vinho e comendo queijo, esperando os outros chegarem e Peter sair do quarto.

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