Capítulo 41

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Não devia de ser assim.

Acordar de manhã, ao lado da pessoa que tu supostamente amas. Não devia ser desconfortável, como se quisesses arrastar-te da cama e ficar no chuveiro até te sentires limpa de novo, até teres a sensação das mãos da outra pessoa completamente fora da tua cabeça.

Apenas não devia de ser assim.

Deixei escapar um pequeno suspirou, provavelmente o meu vigésimo desde que acordei há 10 minutos, e cheguei-me mais para o canto, outra vez. Eu tinha quase a certeza que o Louis ficou destapado.

Os meus olhos fecharam-se com o pensamento; Louis. Ele ia embora daqui a umas horas. E já era tarde de mais para eu arranjar um bilhete e eu não o iria ver sabe lá Deus por quanto tempo. Ele é meu namorado, isto devia de estar a incomodar-me. Eu devia de estar triste por isso. Não aliviada.

Pensando nisso, eu inconscientemente passei os últimos dias à espera que ele estivesse o mais longe possível. Era estranho; pensei que já tivesse ultrapassado isso. Pensei que tudo fosse voltar ao normal com o tempo. Mas aí está o problema; tempo. Nós não tivemos o suficiente. E o facto de eu ter de tomar uma decisão agora, estava a pôr-me em pânico.

E se eu fizer a decisão errada e depois me vir a arrepender? E se eu ficar com ele e ele se vir a tornar o tipo de pessoa que eu penso que ele seja? E se eu acabar com isto e depois nunca encontrar ninguém como ele?

Bem… ele interessou-se por mim por causa de um desafio e depois mentiu-se sobre isso. É claro que nunca vou encontrar ninguém como ele.

E se não estivermos destinados? Isto podia ser a maneira de o universo dizer-me que não fomos feitos um para o outro. E se o que eles dizem de que só nos apaixonamos verdadeiramente uma vez for verdade… acho que o meu trabalho foi feito há cinco anos atrás. E o dele também, aparentemente. Então para quê é que é isto? Qual é o ponto?

Antes de eu poder continuar a pensar, senti um braço em volta da minha cintura, quase fazendo-me saltar. Uh oh; ele está a acordar.

“Bom dia raio de sol.” Ele murmurou e beijou-me a bochecha, tive de fazer um esforço enorme para não fazer uma careta ou esbofeteá-lo. É como se eu tivesse acordado como uma pessoa completamente diferente.

“Tu puxaste o lençol todo para ti.” Senti ele agarrar a minha cintura para conseguir aproximar-se de mim, em que o seu peito estava pressionado nas minhas costas. Oh que merda.

“Louis.” Deixei sair. “Estás nu.”

“Isso é metade da diversão.”

Nunca tive um pensamento em que eu sentiria nojo por ele dizer algo assim. Mas parece que não me conheço assim tão bem. “Por favor.” Disse, tentando afastar-me dele mas ele acabou por agarrar o meu braço e deitar-me de costas. Raios.

“Onde é que achas que vais?” Louis murmurou, a sua cabeça já estava na curva do meu pescoço quando senti beijos molhados no meu ombro. Fechei os olhos ao início, sentindo-me um pouco perdida, mas quando me lembrei de quem estava a fazê-lo, imediatamente o afastei.

Infelizmente, pareceu não o afectar assim muito; ou nada mesmo, ele beijou-me a clavícula, fazendo o seu caminho pelo meu corpo. Ele não conseguia aceitar um não como resposta.

“Louis.” Deixei sair quando senti os seus lábios na minha barriga, fazendo-me um pouco de cócegas. “Eu… Eu acho que deveríamos de dar um tempo.”

As palavras saíram da minha boca antes de eu as conseguir impedir. Raios, antes de eu mesmo saber o que estava a dizer. Quando o Louis olhou para mim, confuso e com os olhos arregalados, levou um segundo para perceber o porquê.

Drama Class (Louis Tomlinson) | PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora