Capítulo 16

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“Isto não é mesmo necessário.” Grunhi enquanto Caitlyn me sentava em frente ao espelho para que a conseguisse ver a encaracolar o meu cabelo.

“Sim é! Eu não quero que as pessoas no bar pensem que tu estas lá por causa do teu gato ter morrido.” Ela disse e pegou numa mexa do meu cabelo. Dolorosamente, se me permitem adicionar.

“Pensando melhor, é preciso assim tanto trabalho?” Disse com um tom de voz aborrecido, abanando as pernas como uma criança.

“Vais ficar surpreendida.” Caitlyn murmurou e eu dei-lhe o dedo do meio. Ela vi-o pelo espelho e sorriu.

“Também te amo.” Ela disse e eu suspirei. Ela sempre faz isto no meu aniversário; tortura-me até que uma de nós, normalmente ela, fique satisfeita com o que vê. Eu não vou mentir; ela faz um impressionante trabalho como estilista e maquilhadora. Nunca nenhum rapaz me dispensou pela minha aparência.

“Então… os mesmos planos esta noite?” Perguntei e Caitlyn assentiu, sem se preocupar em largar o meu cabelo para olhar para mim. É isto que fazemos todos os anos no meu aniversário; ela deixa-me com alguém que nunca conheci e depois arranja alguém para ela também. É ela também quem normalmente tem boas histórias para contar de manhã.

“Já arranjas-te o encontro?” Perguntei e de repente a Caitlyn parecia entusiasmada.

“Mhm.” Ela quase grunhiu, o que fez com que revirasse os olhos. Ela ficava sempre mais entusiasmada pelos meus encontros do que eu. Normalmente porque eu sabia que ia fazer asneira mas a Caitlyn tinha sempre fé em mim. Isto torna-se cada vez  mais aborrecido com o passar dos anos.

“Como é que ele é?” Perguntei mas ela não me respondeu.

“Tu não vais ficar sem dizer-me como é que ele é ou vais?” Antes de acabar a frase, Caitlyn já abanava a sua cabeça em negação com um sorriso na cara, e eu suspirei novamente. Outra coisa que ela sempre faz; ela nunca me diz nada sobre o rapaz. Aposto que este ano não ia ser exceção.

*******

“Duas cervejas Mitch.” Caitlyn disse assim que se sentou no balcão. Este é de longe o bar mais barulhento a que já fui, e ainda não estava no seu máximo.

Recebemos as nossas bebidas e ficamos ali por uns minutos a falar. Ambas sabíamos que em instantes eu ia ter um encontra às cegas, então não nos íamos ver até ao final da noite ou até à manhã seguinte. Seria assim se a Caitlyn decidisse ter um bocado mais de diversão.

“Hey.” Caitlyn começou quando se levantou.

“São 22:30h, vou procurar o teu rapaz ok? Não saias daí.” Ela apontou o seu dedo para mim e eu assenti o tempo todo. Uns momentos depois ela tinha desaparecido da minha vista e eu estava abandonada no balcão com duas garrafas de cerveja. Alguém pode pensar que eu só aqui estou para me embebedar. Bem, não é mentira de todo, eu sempre saiu do bar um bocado em-

“Olá babe.” Saltei assim que senti um par de lábios perigosamente perto da minha orelha. Rapidamente virei-me para trás para reparar no loiro que sorria para mim.

“Hum, oi?” Disse mais como uma pergunta. Será esta o rapaz que a Caitlyn me arranjou? Eles normalmente nunca me encontram por conta própria.

“Sou o Max.” O rapaz disse e eu virei-me para ele, para o observar. Alto, loiro de olhos verdes. Ele era bonitinho. Diria um 8 em 10.

Assenti ao seu comentário, um pouco desconfiada. Isto nunca tinha acontecido antes; ter um rapaz a apresentar-se a mim enquanto eu esperava que a Caitlyn aparecesse com o meu rapaz.

“Qual é o teu nome?” Max perguntou-me e mentalmente revirei os olhos. Ele não ia desistir facilmente.

“Lorena.” Disse, mas saiu baixo de mais para o loirinho ouvir.

Drama Class (Louis Tomlinson) | PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora