Capítulo 2 - Falha

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Despertei com o sol queimando meu rosto e o travesseiro todo babado. Olhei para o relógio e já era 8 da manhã.

Fui correndo para o banheiro fazer o primeiro passo. A higiene matinal.

O feito, fui para o segundo passo que era pegar a primeira roupa que visse. Infelizmente as que eu vi foram uma calça jeans velha e uma camiseta do Bob esponja.

Por mais que eu estivesse ridícula não podia mudar ou quebraria toda a magia s/n.

Peguei meus vans surrados que estavam cheirando a peixe morto.

- Que merda, esqueci de colocar no sol depois daquela chuvarada que tomei. - Disse para mim mesma com raiva por ser tão esquecida.

Esse era o único que eu tinha, o que eu iria fazer agora? Não poderia esbarrar em alguém com esse cheiro da morte.

Não pensei duas vezes e fui até o armário pegar o talco para chulé.

Na embalagem dizia que duas batidinhas já eram o suficiente para neutralizar o mal cheiro, mas pensando comigo mesma se eu dar cinco o efeito vai ser bem mais eficaz.

Joguei quase metade do talco em cada um dos sapatos e dei batidas para se espalhar.

O pó venho todo na minha cara e quase me sufocou, acho que exagerei um pouco.

Tendo resolvido o problema o calcei e fui ajeitar meu cabelo.

Dei uma penteada que acabou quebrando três dentes do pente. Ele estava um pouquinho embaraçado.

Em seguida me coloquei em frente ao espelho e fiz o famoso coque frouxo nos meus cabelos castanhos. Tinha ficado bonitinho até.

Com tudo pronto peguei minha bolsa de ombro e coloquei os vinte conto dentro dela.

Sai do quarto as pressas e encontrei minha mãe e meu pai na cozinha. Minha mãe lavava as louças cantando a lua me traiu e meu pai lia o jornal da semana retrasada.

Vou até eles e pego uma maçã da fruteira, minha mãe para a cantoria e me olha.

- Não vai tomar café Samanta? - Ela me diz enxugando as mãos no pano de prato.

- Vou levar essa maçã e comer no caminho, estou atrasada mãe. - Mostro a maçã em minha mão.

- Leva uma banana também. - Meu pai me diz me estendendo uma banana.

- Não precisa pai. - Eu fico sem saber onde enfiar a cara.

- Então vai lá filha. - Minha mãe fala me liberando daquela situação vergonhosa.

- Bença pai, bença mãe. - Falo e saio rapidamente.

O Starbucks não ficava muito longe de casa então dava para ir apé, aproveitei pra ir comendo a maçã.

Não muito depois eu chego em meu destino, o lugar estava meio vazio tinha poucas pessoas.

Me sento em uma mesa que dava uma visão ampla do lugar, ia notar qualquer s/n que agisse no local.

Logo o garçom chega até a minha mesa e pede meu pedido, eu estava distraída observando o fluxo e nem o notei.

Quando olho para cima vejo um homem perfeito de olhos azuis, cabelo impecável, barba por fazer e um perfume que invadiu minhas narinas me atordoando com a essência selvagem. Era o quite do homem dos sonhos.

Não havia dado conta que estava quase babando nele, quando ele me dá um sorrizinho sem graça e repete a pergunta.

- Qual seu pedido senhorita? - Ele me pergunta com um bloquinho em mãos.

Crônicas de uma futura S/N Onde histórias criam vida. Descubra agora