Despertei com o sol queimando meu rosto e o travesseiro todo babado. Olhei para o relógio e já era 8 da manhã.Fui correndo para o banheiro fazer o primeiro passo. A higiene matinal.
O feito, fui para o segundo passo que era pegar a primeira roupa que visse. Infelizmente as que eu vi foram uma calça jeans velha e uma camiseta do Bob esponja.
Por mais que eu estivesse ridícula não podia mudar ou quebraria toda a magia s/n.
Peguei meus vans surrados que estavam cheirando a peixe morto.
- Que merda, esqueci de colocar no sol depois daquela chuvarada que tomei. - Disse para mim mesma com raiva por ser tão esquecida.
Esse era o único que eu tinha, o que eu iria fazer agora? Não poderia esbarrar em alguém com esse cheiro da morte.
Não pensei duas vezes e fui até o armário pegar o talco para chulé.
Na embalagem dizia que duas batidinhas já eram o suficiente para neutralizar o mal cheiro, mas pensando comigo mesma se eu dar cinco o efeito vai ser bem mais eficaz.
Joguei quase metade do talco em cada um dos sapatos e dei batidas para se espalhar.
O pó venho todo na minha cara e quase me sufocou, acho que exagerei um pouco.
Tendo resolvido o problema o calcei e fui ajeitar meu cabelo.
Dei uma penteada que acabou quebrando três dentes do pente. Ele estava um pouquinho embaraçado.
Em seguida me coloquei em frente ao espelho e fiz o famoso coque frouxo nos meus cabelos castanhos. Tinha ficado bonitinho até.
Com tudo pronto peguei minha bolsa de ombro e coloquei os vinte conto dentro dela.
Sai do quarto as pressas e encontrei minha mãe e meu pai na cozinha. Minha mãe lavava as louças cantando a lua me traiu e meu pai lia o jornal da semana retrasada.
Vou até eles e pego uma maçã da fruteira, minha mãe para a cantoria e me olha.
- Não vai tomar café Samanta? - Ela me diz enxugando as mãos no pano de prato.
- Vou levar essa maçã e comer no caminho, estou atrasada mãe. - Mostro a maçã em minha mão.
- Leva uma banana também. - Meu pai me diz me estendendo uma banana.
- Não precisa pai. - Eu fico sem saber onde enfiar a cara.
- Então vai lá filha. - Minha mãe fala me liberando daquela situação vergonhosa.
- Bença pai, bença mãe. - Falo e saio rapidamente.
O Starbucks não ficava muito longe de casa então dava para ir apé, aproveitei pra ir comendo a maçã.
Não muito depois eu chego em meu destino, o lugar estava meio vazio tinha poucas pessoas.
Me sento em uma mesa que dava uma visão ampla do lugar, ia notar qualquer s/n que agisse no local.
Logo o garçom chega até a minha mesa e pede meu pedido, eu estava distraída observando o fluxo e nem o notei.
Quando olho para cima vejo um homem perfeito de olhos azuis, cabelo impecável, barba por fazer e um perfume que invadiu minhas narinas me atordoando com a essência selvagem. Era o quite do homem dos sonhos.
Não havia dado conta que estava quase babando nele, quando ele me dá um sorrizinho sem graça e repete a pergunta.
- Qual seu pedido senhorita? - Ele me pergunta com um bloquinho em mãos.
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Crônicas de uma futura S/N
HumorSamanta é uma garota azarada que sonha ser uma S/N e esbarrar em algum famoso por ai. Focada em seu objetivo ela vai passar por poucas e boas afim de seguir o famoso "Ritual S/N" como ela mesma diz. Será que ela vai conseguir alcançar seu objetivo...