Tortura.

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Pov Tyler

– EU ESTOU ENTEDIADO, MERDA. - Brendon gritou para ninguém em especial enquanto se sentava na cadeira à minha frente. Já fazia um pouco mais de uma semana que eu estava aqui, treinando todos os dias. Eu já não ficava tão nervoso ao segurar uma arma e nem errava tanto. Digamos que a tal "Hayley" me assustava um pouco, e como Josh disse, eu era movido a base de ameaças e do medo. Ou seja, ela conseguia mandar em mim.

– O quê você quer dizer com isso? - perguntei, enquanto mordia o meu café da manhã.

– Você foi o último crime que a gente cometeu, e isso por que antes passamos semanas sem fazer nada!! Essa porra 'tá um tédio!

– Não por muito tempo. - Josh veio e sentou do meu lado, me fazendo encolher um pouco. Ele continua me intimidando. - Temos que fazer o Tyler praticar. Vamos fazer um pequeno assalto daqui três dias.

Enquanto eu quase cuspia o meu sanduíche, Brendon gritava de animação.

– Josh?? Onde a gente vai? - eu perguntei, aterrorizado com a ideia.

– Relaxa, pequeno. É só uma pequena loja de conveniência, talvez um mini Walmart ou algo assim, se tudo der certo não terá muitas pessoas machucadas. - Esse era um apelido que ele havia me dado a uns dias atrás, e eu tinha medo dele o suficiente para não comentar.

– "Muitas pessoas machucadas"?? Josh, você quer que eu atire em alguém? - eu perguntei, desesperado.

– A ideia é fazer você treinar, Tyler. – ele respondeu calmamente, enquanto botava um braço sobre minha cadeira.

Deixei o pão no prato delicadamente, atordoado pela novidade.

– Ih alá, o Cláudio está babando! - Brendon disse e apontou pra mim.

~ uns dias depois~

– Tyler, você lembra da tua parte do plano? - Halsey perguntou.

– Abrir a porta, fingir que está olhando as coisas, entrar entre duas prateleiras, botar a máscara, ficar no meio da loja e atirar nas câmeras de segurança que você indicou.

O assalto seria amanhã. Era de uma loja de conveniência relativamente grande de um posto de gasolina no meio de uma estrada. Eu tinha "cara de bom moço", segundo a Halsey, então eu daria início ao assalto. Mas a ideia era entrar de capuz, como qualquer adolescente faria, mas para não ser identificado. Eu levaria uma arma por dentro do casaco, com o cano preso pela calça, e a máscara dentro do bolso do casaco. Tudo estava cuidadosamente organizado pela Halsey e pelo Josh. Não era de se estranhar que eles nunca haviam sido descobertos. Mas Alex já tinha deixado bem claro que, se algo desse ruim, a culpa seria minha.

~ dia do assalto ~

Halsey dirigia devagar no carro, Alex com ela lá na frente e Brendon, Josh e eu atrás, eu no meio, e com a mão de Josh no banco às minhas costas. Brendon não parava quieto, e Josh movia a perna ansiosamente. Já eu, estava quase vomitando.

– Lembranças, pequeno? - Josh me questionou.

– Como assim? - me virei para ele.

– Foi nesse carro que a gente te trouxe, Cláudio. - respondeu Brendon.

Engoli em seco.

– Sim, pode se dizer que sim - falei em resposta à pergunta de Josh.

Quando finalmente chegamos ao posto, Halsey deu a volta e estacionou atrás dele, onde, obviamente, não haviam câmeras. Me deram a arma, a qual eu verifiquei se estava carregada, e a máscara, que era uma de ski branca, com buracos nos olhos e boca, cujo prontamente botei no bolso do casaco.

Kill'em'll // JOSHLEROnde histórias criam vida. Descubra agora