A ideia de Brariana

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Notas do Autor

Um capítulo curtinho para aquecer os corações. Estou sem muito tempo para escrever esses dias, mas, prometo que tentarei escrever MUITO esse final de semana para poder postar mais capítulos. Espero que gostem desse.


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Aquele piquenique não poderia ter sido mais animado e feliz. A pequena Brariana se divertiu imensamente. Houve dança, cantoria, muitos presentes, boa comida e boa bebida. Todos os ali presentes haveriam de se lembrar por muitos meses, e até anos, do animado aniversário da pequena integrante da família Brandão Benedito.

A festa durou até o cair da noite, quando o calor deu lugar àquele friozinho aconchegante que fazia quase sempre ali no Vale do Café e, principalmente, ali na cachoeira. O Major Otávio tentava se aquecer, esfregando as mãos nos braços. Os dentes batiam de leve. As suas roupas de banho estavam encharcadas por haver ficado boa parte da tarde revezando com Luccino, Mariana e Brandão, à brincar na água com Brariana.

- Tio Lu, - disse Brariana, apontando para o Major, em pé ali perto, enquanto Luccino pegava uma toalha que Mariana havia lhe entregue, e enxugava os cabelos curtos da sobrinha, que teimavam em ficar espetados para todos os lados, quando molhados. – O tio Távio está com frio. Olha. Por que não vai lá ficar com ele?

A menina tinha na face uma expressão de dó ao olhar para o seu querido tio esgrimista, ali cheio de tremores.

Luccino olhou para os lados, para ter certeza de que ninguém que não soubesse do relacionamento dos dois havia escutado a pergunta da menina, então respondeu baixinho:

- Eu sei, minha motociclista. – Respondeu Luccino, com um sorriso um tanto triste no rosto, virando-se um pouco de lado para olhar para o companheiro, que ao perceber que estava sendo encarado, acenou e deu um sorriso aos dois. – Eu queria poder abraçá-lo e aquecê-lo, mas, infelizmente não posso. Não perto de pessoas que não entenderiam tal ato.

Brariana pensou um pouco sobre aquilo.

- Tive uma ideia. – Disse ela, de repente, correndo até Otávio, sem sequer dar tempo de Luccino perguntar, com medo de que ela, na sua gana de querer ver os dois tios agindo como qualquer outro casal, fizesse, sem querer, algo que acarretasse confusão para todos.

- Tio Távio. – A pequena correu para o seu outro tio, que parou de tentar se aquecer em vão, e a carregou.

- Diga, pequena esgrimista. – Otávio deu um grande sorriso para a sobrinha. A voz tremia devido ao leve bater dos dentes– O que a aniversariante deseja?

- Quero que o sr me abrace. – Ela falou, rindo. – O sr. está com frio e eu também.

Otávio sorriu e abraçou a sobrinha, que no mesmo instante reclamou.

- Tio, - Ela fez uma expressão séria. – Assim não dá. Ainda estou com frio.

- Desculpe, pequena. – Pediu Otávio, dando de ombros. – O tio está molhado até os ossos.

- Já sei. – A pequena sorriu. – Tio Lu, venha cá.

Luccino se aproximou ao ouvir ser chamado, ainda com medo do que a menina pudesse falar.

- O tio Távio e eu estamos com frio. Precisamos de um abraço do sr também para que a gente possa se esquentar.

As pessoas que estavam próximas, todas elas, fizeram um coro de "OOOWWWNNN". Ninguém que não soubesse sobre os dois, pensou, nem por um momento, em algo além de dois homens, tios da pequena, que só estavam fazendo a vontade dela naquele dia especial.

Luccino se aproximou, envolveu seus braços ao redor do Major Otávio, que ainda segurava a pequena Brariana no colo. Ambos, o major e o mecânico, no mesmo instante ficaram vermelhos, num misto de timidez e felicidade. A pequena Brariana era só risos, enquanto dava uma piscadela de leve para o seu tio Lu, cheia de si por sua ideia ter dado mais do que certo e ela perceber o olhar de carinho que os tios davam um para o outro discretamente.

E no fim será Lutávio...Where stories live. Discover now