Todos os dias quando eu saia da escola, passava perto de uma praça vizinha, e ele lá estava alimentando seus pombos, com o semblante calmo e sereno, eu tirava 10 minutos do meu tempo, todos os dias chegava atrasada, mas eu sempre, sempre escutava suas poesias, sobre o por do sol. Aquilo me encantava, iluminava meu dia, minha noite e madrugada, mas sempre com uma bela poesia, eu voltava para casa.
os pássaros voam para longe
em busca de novos lares
mas sempre se esquecem
que o lar eterno
é o vosso cèu
Com um sorriso no rosto eu cantarolava, la, la la, la, la la, era tudo que me encantava, era uma simples poesia que me alegrava.
Ao chegar em casa minha mãe logo espraguejava...
GAROTA INSOLENTE! ONDE ESTÁ COM A MENTE? SE ATRASANDO NOVAMENTE.
Com um olhar sereno eu respondia...
minha mente está com meu cerebro, mas meu coração já se doou para as poesias.
minha mãe, coitada, estava com raiva, mas não fazia nada, afinal de contas não tinha como lutar contra as palavras de um poeta.
Até amanhã eu dizia, assim que partia, daquela praça tão calma, que só bem me fazia.
A noite calma,cheia de estrelas no céu, a lua brilhava como nunca,da varanda do meu quarto enxergava a casa ao lado, outra vez meu vizinho brigando com sua amada.
Então naquela noite mais que bela, eu me deitava nos lençóis de algodão, puxava o coberto de princesa, e esperava sonhar com talvez uma aventura pelos mares, ou romance com um príncipe, ou até mesmo uma bela luta com um guerreiro selvagem, bem tanto faz contando que amanhã eu tenha mais daquelas belas poesias, que aquele sacerdote contara para mim.
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Por Do Sol
Poetrynaquela mesma praça, naquele mesmo banco, ele sorria com a certeza de que era seu ultimo dia........