Por Do Sol

Amanhecer

Os pássaros cantando na minha janela, que belo amanhecer. A escola como sempre estava normal, maria com suas tranças chiquinhas, athur e seu avião imaginario e eu com minhas belas poesias. 

Ao voltar para casa, passei direto pela praça meu sorriso se estendeu, quando vi quem me esperava. 

SACERDOTE, SACERDOTE DAS POESIAS, OH VENHA ME ALEGRAR, ME TRANSMITIR PAZ E MUITA POESIA.,

Me sentei ao seu lado sem muito falar, logo ele abriu a boca e começou a se expressar.

escarlate é a cor do vestido de maria

escarlate é a cor do sangue de maria

escarlate era a cor  favorita de maria

o escarlate se transformou em preto

que por sua vez se transformo em azul

preto era a cor da solidão

azul era a cor da ilusão

escarlate era a cor de maria

que agora descansa em paz

dentro de seu caixão

Sorrindo eu me levantei do banco, e disse mais  uma vez, até amanhã meu sacerdote das poesias, ele nunca fala nada apenas acena com a cabeça um ''sim'' e volta a contemplar o por do sol, com seu saquinho de pão nas mãos. Ele não sabe meu nome, nem eu sei o dele, mas estou a tanto tempo assim, que me esqueci que ele era um estranho e comecei a trata-lo como um parente qualquer mas próximo de mim. Não sei dizer ao certo o que nos juntou, ou se isso é uma amizade mutua mas apenas sei que adoro suas poesias e quero ouvi-las para sempre. 

Ao final do dia volto para casa, me deito na cama, com um sentimento invadindo meu peito, não sei ao certo dizer mas aquelas poesias realmente mexem comigo.

Da varanda do meu quarto, ouço gritos e choros, mas como já sei do que se trata  não dou muita importância, afinal em briga de marido e mulher não se mete a colher.