I Want To See You

Capítulo 7 - O Reencontro

SEM REVISÃO

***

"— Você acha que ficaremos juntas para sempre? — ouviu Lauren perguntar com a voz receosa, enquanto a mantinha deitada sobre seu corpo e assistia um filme que tinham alugado.

— Eu espero que sim. — beijou os cabelos negros, a apertando contra si. Sentiu a menor tensionar, franzindo o cenho, ela questionou: — Por que?

— Nada- É que- Uh, e se um dia eu te machucar e partir? — ergueu a cabeça para poder encarar Camila, que agora já a a encarava de volta.

— Então eu vou esperar você voltar para tornar a ferida em uma cicatriz."

(Música On: Andra Day - Rise Up)

— Lauren! — levantou como um flash, correndo até a mulher caída no chão, praticamente desacordada. — Oh meu Deus! Lauren, por favor, não! — dava leves batidas no rosto da menor, um corte feito em sua têmpora direita.

Era aquele realmente o reencontro que mereciam?

Camila a olhava desacreditada, no modo automático ela só sabia gritar por socorro, abraçando Lauren pelos ombros enquanto tentava mantê-la consciente.

— Ai, que droga! — o rapaz do carro desceu e viu a situação.

— Chame a ambulância, por favor! Só chame a ambulância! — ela chorava tanto. Seus dedinhos percorrendo cada canto do rosto macio da pequena Jauregui.

— Não se preocupe, eu sou médico! Vou preparar o carro para trazê-la e colocá-la dentro. Sua casa é muito longe?! — ele questionou eufórico.

— Não. Fica só a algumas quadras daqui. — respondeu, a voz tremendo. Suas pernas segurando a meia coluna da morena e seus braços tocando o rosto que pendia em suas coxas.

— Certo. Mantenha ela acordada!

— Vamos lá, hey, não faça isso comigo. — a mais nova dava lentas piscadelas, alheia a tudo. — Vamos, Lauren. Deixe-me ver seus olhos.

Lauren nada sentia, a adrenalina ainda corria por seu corpo e sequer os ferimentos estavam doendo. A única coisa que ela conseguia era ouvir Camila ao longe. Seu coração acelerado por estar com ela, por querer tocá-la, mas estava em um choque tão grande que não conseguia fazer isso.

Ergueu o olhar para maior, que sorriu ao saber que ela estava a escutando.

— Eles são lindos. — elogiou, curvando-se para beijar-lhe a testa. — Você pode deixá-los abertos para que eu os aprecie? Uhm? — a mais nova nada respondeu, continuou com suas esferas presas no rosto de Camila. — Acho que isso é um sim.

— Deixe-me examiná-la! — o robusto rapaz apareceu novamente. Observou que possivelmente a morena havia torcido o braço e se ralado em vários lugares, alguns que exalavam uma boa quantidade de sangue, mas nada de muito grave. — Venha, vamos tirá-la daqui. — ele disse, tomando a acidentada no colo e carregando-a até seu veículo. Colocou-a nos bancos de trás, pediu para que Camila a fizesse companhia, e ela não negou a sugestão.

— Está tudo bem, sim? — tinha o rosto de Lauren novamente em suas coxas. Uma compressa de gelo abaixo do seio esquerdo da menor, onde o tal médico pediu para que ela segurasse já que ali se encontrava o ferimento mais profundo.

Chegaram frente a casa grande chique da Cabello, e não teve muita demora para que Lauren fosse colocada em sua cama e examinada com mais calma pelo médico que carregava consigo vários equipamentos.

Deu-lhe um sedativo após toda a verificação. Disse a Camila que ela dormiria por algumas horas, perguntou se havia algum problema.

Camila disse que não.