Capítulo 1

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Droga! Penso enquanto corro como louca para minha sala, provavelmente vou chegar atrasada. É o primeiro dia de aula e já estou encrencada tenho quase certeza. Finalmente acho minha sala, abro a porta e olho em volta e por algum milagre o professor ainda não chegou. Só tem mais uma cadeira no fundo da sala jogo minhas coisas nela esperando que ninguém me note.

O professor chega e escreve seu nome na lousa. Até parece o fundamental. Sr. Hugo, ele é baixo com cabelos grisalhos e olhar severo, ele para os olhos em mim um instante como se perguntasse como ouso estar ali até parece que ele sabe que me atrasei, depois desvia e começa sua enfadonha aula de filosofia.

A maioria dos alunos está distraída ou dormindo, mas o sr. Hugo não parece perceber, fico olhando em volta. Na carteira ao meu lado esta Paul um garoto alto, de olhos castanhos e cabelos negros que caem sobre deles. Nós estudamos juntos desde a primeira série do ensino médio e como grande parte da turma ele também está dormindo. Abro o livro e tento prestar atenção, folhei-o em busca da página, mas quando a encontro não consigo prender minha atenção. Estou inquieta quero encontrar logo Mary.

Mary é minha melhor amiga e praticamente a única. É terrivelmente entusiasmada, tem logos e ondulados cabelos ruivos, 1,65 de altura e olhos verdes brilhantes. Não nos parecemos nada já que tenho cabelos negros como piche e lisos, olhos castanho avermelhados, 1,76 de altura e sou bem mais calma e isso faz com que equilibremos um pouco a outra. Quando a aula finalmente acaba, enquanto me atiro porta afora ainda posso ouvir o sr Hugo gritando acima da algazarra:

– Leiam o capítulo 3.

Encontro Mary esperando com uma expressão estranha, isso quer dizer que ela tem um plano e que provavelmente estou incluída nele, enquanto seguimos para a aula de artes da Sra. Hagen, ela se recusa a me contar o que está planejando, então resolvo forçá-la a me contar durante a aula.

Escolhemos as últimas carteiras no fundo da sala e começo o interrogatório, mas quando ela finalmente sede e resolve me contar a Sra. Hagen se vira para nos e pergunta se queremos compartilhar o assunto com o restante da classe, enquanto eu coro e me escondo de traz do livro, Mary inventa uma história como se tivesse ouvido cada palavra que a professora disse.

Nosso trabalho hoje é reproduzir uma pintura que a Sra. Hagen trouce, e depois da entediante explicação, começamos. Em cinco minutos Mary já esta toda suja de tinta e sua pintura parece um pepino no carnaval e o meu também não está ficando lá grande coisa, colocamos nossos quadros para secar no fim da aula e seguimos para a próxima aula, sendo que a minha é de história e a dela de filosofia. Faço uma careta ao examinar o horário parece que e o restante das nossas aulas se desencontra, ou seja, não nos veremos pelo resto do dia. Isso significa que vou ter que esperar até o final do dia e eu odeio esperar.

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Quando finalmente o último sinal toca, pego carona até em casa com Mary, mas como ela está com muita pressa, combinamos de ir ao ShwFrut as 19:30. Mas é ela quem vai ter que me buscar, porque não tenho um carro. Minha mãe e eu discutimos bastante sobre comprar um, mas como acabei de fazer 16 anos, e não temos muito dinheiro só com emprego dela, não ha motivo para comprar outro carro se ela pode me dar carona quase todo dia até a escola.

Entro e vou direto para a cozinha mamãe não está em casa. Ela não se parece nada comigo ela sempre diz que sou a cara do meu pai. É loira, tem olhos caramelo e é atlética embora eu nunca a tenha visto praticar exercício, e como esta sempre fora de casa desde que fiz 12 anos é meio como morar sozinha.

Melodia das SombrasWhere stories live. Discover now