Capítulo 2 - Respostas

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Nina

Pra onde será que foram aqueles dois? E por que toda hora me pego pensando neles? Parece até que estou obcecada... Mas independente disso, tem algo muito errado acontecendo aqui, e o pior, eles não esboçavam nenhuma surpresa!

- Nina... Acha que devíamos fazer algo? É que pelo jeito que você tá agindo, tô começando a achar que sim. - Perguntou Rebecca.

- E o que poderíamos fazer? Se bem que... - Parei por um instante, pensativa.

- Se bem que o quê, Nina? - Sinalizou Rebecca.

- Vamos atrás daquele rapaz chamado Lumiere! Ele pode saber o que está acontecendo, já que faz parecer que sabe de tudo.

- Não tem ninguém melhor pra irmos atrás não? - Respondeu Rebecca rindo.

Por mais que ela tivesse razão, o que o Robert poderia fazer para resolver essa pintura celeste? Acredito que exibi-lo ao céu não o faria voltar a ficar azul.

- Para de palhaçada Rebecca! - Falei rindo.

Eis que justamente ele aparece em nossa porta.

- Nina... Você está bem? - Perguntou ele que estava ofegante.

- EI, VOCÊ NÃO PODE ESTAR AQUI! - Gritou Rebecca.

Robert faz sinais com as mãos para fazer Rebecca parar de gritar.

- E quem está ligando para regras enquanto está acontecendo aquilo com o céu? - Respondeu ele.

Rebecca não responde.

- É melhor você também vir com a gente, estávamos indo atrás do mentalista...

Robert nos olha franzindo a testa de surpresa.

- Não tinha ninguém melhor para vocês irem atrás? - Respondeu ele passando as mão em seus peitos.

Meu Deus! Até numa situação como essa, ele não para de ser gostoso!

- Tá legal... - Me recompus. - Vamos ou não? Rebecca?

- Vamos! - Responderam juntos.

Sheila

- Onde estamos indo, Lumiere?

- Quê? Você tá na minha frente, eu estou te seguindo!

Na verdade eu não sabia exatamente onde ir, geralmente resolvo as coisas meio que manualmente. E com certeza, esse negócio no céu não é algo para se resolver com as mãos, ou com alguma das minhas armas. Tenho um verdadeiro arsenal de armas, tanto branca quanto de fogo. E parando para pensar aqui... Eu não me lembro a última vez que perdi uma briga.

- Então vamos até a biblioteca, é possível que tenha alguma coisa sobre esse fenômeno em algum livro, não é? - Completou Lumiere.

- Talvez, mas não consigo imaginar nenhum. - Respondi.

- Sheila... Algo estranho aconteceu quando o Tadeu esbarrou em mim.

- Algo estranho? E o que foi?

- Quando ele esbarrou em mim, logo depois que levantou eu tentei ouvir o que ele estava pensando.

- Ok, e aí?

- Eu não consegui, não consegui ler sua mente.

- Vai ver ele é cabeça oca. - Respondi rindo.

- Não é o caso, Sheila, e você sabe muito bem disso! Cabeças ocas também pensam. - Lumiere começou a rir. - Nada que se aproveite, mas pensam.

Rimos bastante e voltamos a andar, sempre gostei de andar com Lumiere, ele nunca me julgou de nenhuma forma, muito pelo contrário, me apoia em qualquer decisão que eu vier tomar, diz ele que não lê a minha mente... e eu acredito nisso. Sinceramente, eu não conseguiria achar ninguém melhor para ser meu amigo, para zombar dos outros, pra fazer merdas, etc. Tento sempre ser uma boa amiga para ele também.

NinaOnde histórias criam vida. Descubra agora