"A confiança que temos em nós mesmos, reflecte-se em grande parte, na confiança que temos nos outros"
Ela continuava no meu quarto, bem na minha frente, me encarando, esperando que eu lhe desse a tal bússola, supostamente.
- Por que você quer essa bússola? - perguntei.
- Eu prometo lhe explicar depois, mas é uma situação de vida ou morte, você precisa me dar essa bússola, se não sua realidade será destruída. - Respondeu ela, que embora com uma expressão levemente preocupada, demonstrava uma seriedade enorme.
Ainda sem saber o que fazer, em choque com o que eu tinha visto, fiquei travado, apenas a encarando.
- Desculpe, não há mais tempo. - falou a menina dos olhos violetas, pegando rapidamente a bússola de minhas mãos, tão rápido que não pude reagir - Eu prometo que tudo será explicado a você mais tarde, agora eu tenho que ir.
Ela pegou a minha bússola, disse aquela frase, e sumiu, simplesmente sumiu em um piscar de olhos. Eu estava confuso, me perguntando quem era aquela menina, o que era aquela bússola, qual era seu significado.
Olhei para a janela e reparei em algo bem estranho, já era dia, o sol estava nascendo. Era como se eu tivesse passado horas naquele mundo, sendo que foi um intervalo de segundos.
Enquanto eu pensava e admirava aquele lindo nascer do sol, uma estranha paz que acabara de surgir em mim, alguém batia na porta do meu quarto.
- Quem é? - perguntei.
- Filho, sou eu, preciso falar com você agora. - Era minha mãe, fiquei feliz por saber que ela estava bem, embora confuso do que possa ter acontecido nesse tempo que eu estava naquele "outro mundo".
- Mãe! - gritei, em seguida abri a porta e lhe dei um longo abraço, lágrimas corriam do meu rosto, lágrimas confusas.
- Eros, eu preciso te contar algo sério, estava esperando o momento certo, você já tem 17 anos, acho que já é a hora. - disse ela, me olhando com uma expressão bem séria, provavelmente prestes a revelar um segredo.
- Mãe, só me explica, o que aconteceu nesse tempo? Onde você estava? - perguntei.
- Filho, isso não importa agora, fique calmo, tenho que te revelar a verdade, chegou a hora. - disse ela, ainda bem séria.
- Tudo bem, mãe. - sentei em minha cama, fiquei calmo, embora receoso do que possa ser essa revelação.
- Filho, você já reparou que sua aparência é meio diferente da nossa né? Eu e seu irmão temos cabelo ondulado, e somos morenos.
- Sim... - então interrompi a conversa e perguntei - Mãe, você teve um caso no passado além do meu pai?
- Não filho! - respondeu ela, gargalhando discretamente - Acontece que, quando o Daniel tinha uns três anos, eu tava passeando com seu pai no parque à noite. O parque estava vazio, enquanto andávamos escutamos um choro vindo próximo da fonte do parque. Era um bebê, lindo, olhos azuis, cabelinho escuro, e sozinho.
Já imaginava o que ela iria dizer, olhei pro seu rosto com a expressão mais séria possível, me preparando psicologicamente para a tal revelação.
- Era você, filho. Você era só um bebê, estava usando uma roupinha estranha, e no seu pescoço, tinha um tipo de cordão, com alguns pisca-piscas, com uma bússola amarrada.
Fiquei chocado com essa conversa, lágrimas começaram a escorrer dos meus olhos lentamente, minha mãe passou a mão no meu rosto e as enxugou.
- Então filho, pegamos aquele bebê, levamos pra casa, e lhe acolhemos, como nosso filho. - disse ela sinceramente - Após procurar saber sobre você, claro, depois de meses procurando saber se você tinha pais, o porquê de ter sido abandonado naquele parque, ninguém nos contatou, então o adotamos no papel.
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A Ordem do Cosmos - O Destino Do Futuro
Science FictionEros é um jovem estudante, que adora expor suas concepções em desenhos, porém ele virá sua realidade virada quando descobrir que ela está ameaçada de destruição. Ao achar uma bússola perdida em seu quarto ele descobrirá um mundo utópico, que lhe gua...