Uma manhã muito fria para meus pensamentos.
Todos ardendo como se fossem brasas,
Cheios de luxúria e desejo.
Meus devaneios ocultos, encontrados somente em meio as criaturas sombrias impregnadas na minha alma.
Intenções que se passam despercebidas aos olhos humanos da realidade exterior.
Formando uma máscara quase angelical,
Que encobre fantasias sujas e recordações doentias.
Uma face,
Sorri e se mostra pacificadora.
Luminosa, pura
Agradável.
Tão inocente e virginal.
Gerando o oposto da segunda,
A grande fera consumidora.
Incontrolável manipuladora.
Que geme e uiva toda a noite,
Acordando ferida e moribunda,
Cada amanhecer.
Ela é uma criatura sedenta,
Pelo o que consideram um pecado.
A perdição da carne e do sangue,
Corrompida, ela se alimenta.,
Sem arrependimentos de tudo que lhe fora arrancado.
Demônio igneo.
Com suas asas a exibir.
Desliza pelo corpo,
Clamando por teu néctar,
Sedenta, úmida
Queima pelo prazer que te fará consumir.
Insana.
Deseja tua voz suplicando seu nome
Em meio da respiração ofegante dos corpos,
O barulho lascivo e contínuo
Provocante.
Louca, que jamais ficará cansada em assistir,
Sua máscara de sanidade esvair.
Ambos demônios terão de se encontrar
Só assim, satisfeita ela irá estar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
LYKÁNTHROPOS
ПоэзияLykánthropos é uma coletânea de poemas pessoais que foram proferidos dos diários íntimos de uma infância e de finalidade terapêutica. Em virtude, o passado evita ser um inimigo quando se resolve colocá-lo a serviço das casas poéticas. -2018-