Mark voltou uma hora depois e parou em frente da casa, com as mãos nos bolsos. Tombou a cabeça um pouco para o lado e em seguida suspirou. Tornou a observar a casa. Tirou seu boné da mochila e colocou na cabeça. As 19h30min a mulher saiu de dentro de casa e desligou a luz da varanda, entrou em casa e ouviu-se o click da porta sendo trancada. Mark sorriu e avançou na casa, tocando no portão que estava aberto. Abriu-o e fechou silenciosamente. O local era um pouco escuro, por isso o canadense piscou várias vezes para se acostumar com o local. Estendeu a mão para frente e sorriu quando tocou na árvore. Já sabia que estava a menos de um passo da porta de casa. Deu apenas mais um passo e exatamente nesse passo deu de cara com a porta; seu nariz estava a menos de um centímetro da madeira que ele supôs ser de carvalho.
Tocou na mesma e deslizou sua mão até a maçaneta da porta, onde segurou com firmeza e forçou-a a abrir, mas como presumira, estava fechada. Um sorriso travesso apareceu em seus lábios e ele saiu da varanda da casa, desceu os poucos degraus que havia ali e olhou a casa de frente mais uma vez, certificando-se de algo que nem ele mesmo sabia exatamente do que se tratava. Ainda com seu sorriso travesso nos lábios, apertou a alça da mochila contra o ombro e deu a volta na casa. Ao fazer isso, notou que realmente havia várias flores, plantas hortaliças. Puxa, aqui vive uma criança que come muito bem. Como deve ser saudável, pensou. Parou no meio do caminho bruscamente quando viu um pequeno registro de água e um bem cima, o de energia.
Agachou-se e desligou o de água. Com a pouca força que ainda lhe restava, ergueu a cabeça, mordendo os lábios inferiores e observou a mulher desligar a luz do quarto que, possivelmente era do filho. Em seguida ele começou a imaginar a casa por dentro: nada chique, mas deveria ter uma cozinha muito grande, uma sala que era tão grande, mas que sua grandeza era encoberta por todas as plantas do lado de fora. Parou de sorrir e se levantou, andando calmamente para onde tinha saído.
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— Boa noite, mãe.
— Boa noite, querido. — Disse a mulher de fios negros, amarrados em um longo rabo de cavalo. Jisung se encolheu entre os cobertores e virou para o lado, na intenção de ver sua mão saindo de dentro de seu quarto e desligando a luz do mesmo. O pequeno ruivo logo dormiu tranquilamente ao observar que sua mãe havia deixado a porta um pouco entreaberta por causa de seu medo do escuro. Nem parecia um garoto de dezesseis anos. Senhora Park entrou em seu quarto, trocou de roupa e vestiu sua querida camisola com flores rosas e deitou-se. Já o pai, que estava no banheiro escovando seus dentes, quando percebeu a falta de água. Bom, pelo menos estava apenas secando seu rosto. Ele fechou a porta e ficou ali dentro, fumando seu cigarro, já que sua mulher odiava quando todos iam dormir e ele ficava acordado na janela do quarto dos dois, fumando.
Mark tinha que dar um jeito de entrar, assim como teria de dar um jeito de sair. Pensando nisso e em muitas outras coisas, parou dois segundos e lembrou-se que a maioria das pessoas naquele bairro onde ele estava não fechavam as portas de trás de casa, já que o bairro era considerado um dos mais seguros de toda Seul. Mark saiu correndo pelo meio das plantas sem se importar se estava machucando-as ou não. Apenas pulou de pedaço em pedaço, chegando e encontrando a porta completamente aberta por causa do vento que fazia naquela noite.
E novamente, sorriu travessamente.
Mark entrou e não fechou a porta, parando e colocando sua bolsa no chão tirando de lá de dentro suas luvas brancas assim como o resto de todas as suas vestes. Colocou-as nas mãos e tirou em seguida a arma de dentro da bolsa, posicionando os dois primeiros dedos sobre o gatilho. Andou pela casa como se fosse alguém da família. O térreo era até bonito. A cozinha era muito grande, havia uma ilha com cerâmica preta e tudo girava ao redor daquele maldito pedaço de cimento e tijolos no meio da cozinha. Andando mais um pedacinho, conseguiu ver a sala, os sofás, as escadas e uma possível porta de saída para algum cômodo insignificante.
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Snow, Blood and Love? - mark+jisung
FanfictionProcurado desde os seus 16, o assassino famoso por matar pessoas sem deixar nenhuma digital, Mark se vê encrencado pela primeira vez na sua vida, ao conhecer um garotinho com rosto rechonchudo, cujo ele mesmo matou os pais, Jisung Park. Quando peque...