Essa, sem dúvidas, foi a primeira vez que Heather esteve em um parque de diversões. Tudo parecia tão diferente de como ela assistia nos filmes; Sem pessoas, luzes piscantes ou qualquer coisa que deixasse alguém contente. Heather sabia que aquele local não era um parque de diversões comum; era escuro e frio, com uma densa neblina que dificultava sua visão. E a pouca luz que entrava em seus olhos, apenas a permitia ver por onde caminhava. O chão era coberto por placas de ferro que ecoavam um som arrepiante a cada passo, e através de suas extremidades, revelavam um abismo sem fim sobre os seus pés. Ela sentia como se, a qualquer momento, pudesse cair nesse abismo escuro, do qual, não sabia a profundidade.
"Como eu vim parar aqui?", Heather tentava se lembrar. Sua cabeça estava confusa como a de uma pessoa um dia depois de uma embriaguez. Quanto mais tentava se lembrar, mais sua cabeça doía. Portanto, ela apenas caminhava para frente na esperança de encontrar uma saída daquele lugar assustador.
Mas, para seu azar, tudo que encontrou, foi Clássicos brinquedos de parque que, estavam velhos e enferrujados; abandonados pelo tempo.
Após algum tempo caminhando no meio da neblina, sem saber para onde estava indo, Heather avistou uma luz vermelha distante. Não pensou duas vezes, se aproximou...
Diferente de todos os brinquedos, estava ali, o carrossel que, a primeira vista, lhe passou uma boa impressão. Estava animado, com luzes acesas como a de um circo, como se crianças ainda estivessem brincando nele.
(...)"Apenas morra."
Os cavalos estavam vivos em carne e osso, empalhados, com um enorme gancho que perfurava seus pescoços. Sangue escorria da perfuração até o chão, o deixando grudento. E apesar dos animais não conseguirem se movimentarem, eles rosnavam silenciosamente, como se estivessem tentando pedir socorro.
"O que é isso?", Heather sussurrou diante daquela barbaridade. "Que tipo de ser humano faria uma coisa dessas?"
Qualquer pessoa entraria em pânico, mas Heather estava, estranhamente, calma. Não tinha semblante de medo ou de empatia por aqueles animais. "Por que não estou com medo?", ela não conseguia entender.
Quando, de repente, ela ouvira o som de passos caminhando sobre o sangue, vindo em sua direção por de trás. Quem apareceria em um lugar assim? Mesmo sem saber quem ou o que era, ela não ficara assustada; tinha a estranha sensação de que deveria estar ali para encontrar essa pessoa. Assim, se virou...
- Estava te esperando...