A ESCOLA MAL ASSONBRADA

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Até que o Arthur não era de todo ruim. E tinha uma imaginação pra lá do fora do normal, imagina só, ele disse que a escola da cidade era mal assombrada e que a própria escola tinha vida própria. Após o jantar fomos sentar na sala fazer o que né. Aqui messe fim d emundo não tem internet, wifae é coisa de extraterrestres), foi aí que começou a história mais mirabolante de toda minha existência.

_Arthur, a vila aqui tem muitas novidades? Perguntou Gi.

_ Não a única coisa aqui diferente é a escola ,ela a noite se transforma em uma mulher e vai buscar todos os alunos que não querem ir mais ou que fazem bagunça. É verdade sim, outro dia o Pietro fez a maior bagunça na aula d e dona Carmelita, quando foi a noite a escola foi e pegou ele no quarto dele.

_ ah!hahaha.. Duvido. Eita moleque mentiroso. Falei indignada com a audácia desse pivete querer enrolar eu e a minha amiga.

_ Você não acredita, então vem comigo que eu vou provar que não estou mentindo.

Como era horário de verão ainda estava sol, aproveitamos para sair bem de fininho pelas portas do fundo. Da casa de minha tia até a vila não dava mais que uns 15 minutos na corrida. Chegamos esbaforidos, quase soltando a língua pela boca. A escola era um prédio velho, fazia lembrar aquelas igrejinhas de cidadezinhas. Não tinha muros, da calçada se entrava. Uma grande porta pintada de azul com um letreiro enorme de fachada na frente .Seu telhado parecia meio caído para os lados, o que dava um aspecto sinistro a escola, as janelas venezianas de madeiras, pelo desgaste do tempo deixavam frestas largas entre uma ripa e a outra o que permitia a passagem de raios solar iluminando a penumbra lá dentro.

_ Venham vamos espiar lá dentro, falou o pirralho escancarando um sorriso e

mostrando seus dentes falhados.

_Como nós vamos ver lá dentro, a janela é muito alta? Olhei para Gi para ver se ela concordava comigo.

_ vamos fazer um banquinho com a mão. Ai cada um olha um pouquinho.

Até que a ideia não era má.eu bem que estava curiosa em saber o que tinha lá dentro.

_Primeiro eu. Falou dando uns saltos que mais pareciam pulos de cabritos desenfreado no pasto_ Ora , você quer olhar porquê? Já não sabe o que tem lá dentro. Não estuda ai. O certo é eu ser a primeira.

_ Porque você ser a primeira? Você nem queria vir ver a escola e me achou que eu estava mentindo, então que seja a Gi.

E mal terminou de falar parecendo uma gralha despenada e a Gi estava a postos, colocando suas mãos em nossos ombros para que levantássemos ela.

_ E aí Gi. Tem alguma assombração. Como é por dentro? Aposto que as carteiras são feitas de caixote e a pobrezinha da professora escreve com carvão nas paredes.

- Não dá pra ver nada, tá muito escuro lá dentro, tá espera, talvez tenha algo...

-eu não disse ...falou todo entusiasmado o fedelho, tirando as mãos e deixando-a cair de bunda no chão.

_ ai, doeu.. reclamou Gi, se levantando colocando as mãos nas costas.

_ agora é minha vez! Falei sem esperar resposta e já juntando os dois para me levantarem.

Meio a contragosto fizeram o banquinho com as mãos. Eu subi num impulso só. Só que como eles são baixinhos eu mal alcancei o parapeito da janela.

_ Sobe mais pra cima. Assim eu não consigo ver nada.

_ você é pesada Druuuu.....reclamou a Gi.

_ Sou não, peso igualzinho vocês, sou só um tiquinho mais alta. E fui tentando segurar na soleira da janela para ver a tal da escola assobrada por dentro. Quando sem quere, acho que coloquei mais força do que aquela desmantela janela poderia suportar e ela cai toda desengonçada para dentro da sala da escola, estralando sua madeira ressequida pelo tempo. Mas isso não foi o ruim, o ruim foi que não é que aquela escolinha de terceira categoria tinha um ALARME...

O diabo do alarme soou como se quisesse chamar a atenção do mundo inteiro. Foi corre se não te pego, eu nem sabia a direção direito para voltar, corri feito uma desvairada pelas ruas até ver uma entradinha para casa de tia Rose, cheguei rosada, suada, descabelada, o coração pulava tanto que parecia que ia sair pela boca, quase desmaiei. Cheguei primeiro que todos, entrei apressada para dentro da casa, minha mãe assim que me viu veio em disparada ao meu encontro.

_ O que aconteceu Druxila? Cadê seus amiguinhos. Ah, não! Odiava quando me chamava pelo nome inteiro. E pior, nem esperou eu responder já começou com o sermão.

_ olha aqui mocinha, você é a mais velha, por isso é responsável por eles, me diga o que aprontou agora? Dessa vez você não escapa da surra e já ia com as mãos em direção de minhas orelhas, quando passou apressadamente pela porta a Gi e o Arthur, nossa a cara deles era horrível, pareciam que tinham encontrado a bola de fogo do mato que assustava a comunidade a noite (qualquer hora conto sobre isso). Ai como fiquei aliviada de ver aqueles dois... Minhas orelhas que o digam.

Minha mãe foi num folego só falando.

_ O que aconteceu com vocês? Aonde estavam? Porque essa correria? E os olhos dela passavam por cima de meus ombros querendo tirar deles a verdade. Não que minha mãe achasse que eu mentiria. Talvez eu ocultasse as coisas um pouquinho. rsrsrs

_Ah , nós,,, falou engasgando a Gi.

_Nós estamos brincando de balança caixão, mãe!. Falei antes que a Gi contasse tudinho.( um defeito da Gi, quando pergunta ela responde sem pensar no estralo da cinta).

_ Verdade isso, crianças. Falou em tom desconfiada

_É sim tia. (tia era uma forma carinhosa que Gi chamava minha mãe).

Minha mãe não acreditando muito mandou que fossemos nos lavar para ir deitar, ela gostava que nos recolhêssemos para ficar lendo um pouco antes de dormir.

Quando entramos no quarto caímos exaustos na cama.

_que medo fiquei de sermos pegos!.Falei, virando os olhos para o teto

_Nossa Dru, você correu tanto, a gente não conseguiu te alcançar.

Eu fiquei morrendo de medo da gente ser pego, E como você conseguiu quebrar aquela janela..

_ eu quebrar a janela, nunquinha, ela que estava podre, e se vocês tivessem me erguido eu não teria me apoiado na janela para ver o que tinha lá dentro, vocês que são os culpados.

Foi nada disso não, falou fazendo uma careta de dar medo o Arthur, foi o fantasma da escola que quebrou a janela pra castigar a gente.

_ larga de tontice,não tem fantasma coisa nenhuma, é só uma construção antiga    

DRUXILA :O Diário de uma BruxinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora