Something Gotta Give - Jerome Valeska

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Imagine com Jerome que explica o último imagine. Escolhi a música Something Gotta Give da Camila Cabello.  Espero que gostem, lembrem-se de sempre comentar e favoritar.

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S/n, eu não vou mais deixar isso acontecer! – Gritou Lee enquanto andava de uma lado para o outro. – Como você não conhece ver? Tudo que ele toca apodrece. Olhe o que está acontecendo com você.

– Lee... Eu estou bem! – Disse me levantando. – Só um pouco doente, mas isso não tem nada haver com ele...

– Viu? – Disse Ed, que estava encostado na porta. – Ela disse que está bem, agora vamos embora?

– Cala a boca Edward! – Eu e Lee falamos juntas.

– Eu não quero saber, S/n você vai voltar a morar com o papai e com a mamãe!

– Lee! Eu não quero! Eles me odeiam e você sabe disso!

– Eles não te odeiam, apenas estão decepcionados com você.

– É claro, só falaram que não querem mais olhar na minha cara e me chamaram de maluca!

– Eles estavam nervosos.

– Lee, por favor, eu não quero ir para a casa. Me leva para á Itália? Sempre gostei de lá e você prometeu me levar lá no meu aniversário de vinte um.

– Okay, eu posso pensar, mas por favor, aceite o que estou te pedindo. Vá embora de Gotham, fuja dele, ele só faz mal a você.

– Okay, eu aceito. Mas eu posso pelo menos me despedir.

– Se despedir de quem? Bruce?

– Não... Dele...

– S/n...

– Apenas uma carta, por favor, e a única maneira de eu conseguir me libertar.

Lee olhou para Ed que olhou para mim, por fim ela suspirou e disse.

– Faça isso. Só uma carta, um pedido de adeus, não diga a onde vai ou quando vai, apenas jogue na cara dele o que ele está perdendo. – Nós rimos juntas e nos abraçamos. Algumas lágrimas caiam, mas eu as limpei.

Como posso explicar isso? Bem, eu e Jerome tínhamos uma relação estranha, ele ia e voltava. Tipo um furacão, chegava e bagunçava tudo, depois ia embora e quando eu estava prestes a me reconstruir ele aparecia e bagunçava tudo de novo. Lee estava cansada disso, de me ver em estado catatônico por causa dele, então decidiu me levar para tratamento, então eu acordei. Acordei de um pesadelo que eu achava ser eterno. Eu não era mais a doce S/n de três anos atrás, eu era a louca S/n, meu corpo estava mudado, meu rosto não tinha mais o tom de inocência. Quando eu acordei, me vi em uma manhã bela e doce. Eu me olhei no espelho e não me reconheci, meus cabelos C/C não tinham mais brilho, meus olhos C/O não brilhavam mais. Eu não tinha mais alma, Jerome havia roubado ela de mim.

Eu tinha que falar com ele. Me despedi. Trocar uma última palavra. Olhei para o céu de Gotham. Estava escuro como minha alma. Algumas gotas de chuva começavam a cair, molhando a janela de casa. Limpei as lágrimas que caiam em minhas bochechas e me sentei na escrivaninha, pronta para começar a escrever.

"Querido Jerome Valeska..."

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Eu tinha escrito e reescrito aquela carta várias vezes. Pensando em cada palavra que eu usava. Quando finalmente terminei entreguei na mão de minha irmã e pedi para que ela enviasse, depois disso subi para meu quarto e lá fiquei a tarde inteira.

– S/n. – Sua voz invadiu meu sonho.

– Jerome. – Suspirei abrindo meus olhos. Eu encarei o ruivo. Havia algo diferente em seus olhos, um misto de tristeza e raiva.  Ele se aproximou, se sentou ao meu lado na cama, tocou em minhas mãos. Isso devia ser um sonho. Com certeza era. Ele não seria tão carinhoso assim.

– Você leu a carta? – Perguntei, mas a resposta era óbvia.

Ele nada respondeu. Apenas continuou me encarando.

– Tudo que eu falei na carta. – Suspirei. – Não é nem metade do que eu sinto. Nem um livro de mil e duzentas páginas resumiria o que eu sinto por você, Jerome Valeska.

– Diga. – Ele falou de modo autoritário. – Diga o que sente.

– Te amando eu achei que não poderia ficar mais feliz. Nós éramos um chama, um incêndio, mas não podíamos queimar por muito tempo, você sabia disso e eu deveria saber. Suas emoções sempre foram falsas sobre mim e eu sinto que as minhas também eram. Com o tempo a alma que dormia ao meu lado não era o mesmo, nem a minha era o mesma. – Segurei as lágrimas. Eu não queria e não iria chorar. – Como nós chegamos tão longe? Eu deveria saber, nós deveríamos saber. Jerome, alguém tem que ir. Alguém tem que desistir. Tudo que eu te faço e dar e você nem agradece por nada.  Eu achei que você poderia mudar, mas eu sei que você nunca irá.

Naquele momento eu já estava chorando. Minhas lágrimas caiam em minhas mãos e consequentemente molhavam as mãos de Jerome.

– Eu não tenho nenhum motivo para ficar, mas tenho bons motivos para ir.

Enquanto eu falava Jerome não demonstrava nenhum sentimento. Apenas olhava para minhas mãos.

– Você  é tão bom em me fazer sentir pequena.  Mas isso nem me magoa mais. Você não conseguiu me matar, não completamente, eu ainda estou meio viva e acredite isso é pior do que está morta.

Eu parei de falar. Tirei as mãos de Jerome de mim e comecei a chorar. Jerome se levantou e sem dizer mais nada foi embora. Eu chorei mais ainda, esperando aquele sonho ruim acabar.

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Acordei no outro dia com o barulho da tv. Olhe para o lado, onde um buquê de flores vermelhas enfeitavam meu criado mudo. Sorri. Quem mandou isso? Jim?Bruce? Lee? Meus olhos ardiam. Acho que chorei enquanto dormia. Me levantei e olhei para o buquê. Cheirei as rosas e percebi um bilhete no meio daquelas flores.

"Eu te amo...
           - J "

Um ódio me atingiu. Rasguei o bilhete e joguei as flores no lixo.

Era o fim para mim e para ele.

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E esse foi o imagine de hoje. Eu não sei se já falei isso, mas Something Gotta Give é minha música favorita da Camila. Eu coloquei muita coisa nesse imagine, muitos sentimentos que não são apenas da S/n, mas meus também. Espero que gostem.

Lembrem-se crianças, comam legumes, bebam água e espanquem machistas.



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