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{Duny's Voice}
Anteriormente nessa porra
- Fernanda Florêncio.
- Eu sabia que você viria até mim, mas não imaginei que seria dessa forma.
Agora!
Fernanda: Klebervaldo Jacinto! Faz muito tempo, não? - Fernanda riu enquanto brincava com os canudos da lanchonete.
Klebervaldo: Sim, o que? Dez anos? Lembro-me da última vez que te vi, janeiro de dois mil e oito, você estava voltando para Campinas depois de um tempo no Mato Grosso do Sul. Foi pela última vez brincar na sua fazenda e quando chegou...
Fernanda: Você, o maldito do seu irmão e a piranha da Hanna haviam a roubado de mim.
Klebervaldo: Não me envolva nisso, o Kleber armou para mim. Ainda teve a capacidade de me mandar para o Limbo.
Fernanda: Limbo?
Klebervaldo: O lugar onde os seus pesadelos e pensamentos obscuros ficam, por favor, não me faça lembrar disso.
Fernanda: Okay, agora me diga. Como caralhos você chegou aqui?
Klebervaldo: Fácil, aproveitei uma brecha.
Fernanda: Brecha?
Klebervaldo: Sim, tipo... - Klebervaldo pegou dois saleiros, um de tampa branca e outro de tampa preta. Nenhum dos dois sabiam o porquê de dois saleiros estarei ali, mas ignoraram. Klebervaldo estendeu a mão e tirou um fio de cabelo de Fernanda. Fazendo a mesma xingar baixo, porém ele ignorou. Colocou os fios entre os saleiros e começou a explicar. - Existem duas de você, a Fernanda do mundo real, aluna inteligente, ama o avô, inocente e nervosa e a Fernanda das fanfics, sexo, drogas e rock roll, mais experiente que uma prostituta com trinta anos de carreira. A Fernanda das fanfics pode ter diversas faces e é exatamente aí que nós devemos nos preocupar. Não tem quando você está com insônia e fica imaginando diversas possibilidades uma mais impossível que outra? Bem, isso abre uma brecha entre o limbo e a neverland. Foi com essa brecha que eu passei, mas ao mesmo tempo que essa brecha pode ser boa, ela também pode ser ruim. Pode deixar os seus pensamentos mais sombrios passarem para a neverland, ou nos piores dos casos, irem para o mundo real.
Fernanda: E o que acontece se isso acontecer?
Klebervaldo: Vai por mim, você não vai querer saber.
Um silêncio se instalou pelo local. Ninguém queria falar nada, havia um sensação estranha no ambiente depois de alguns minutos, Fernanda atreveu-se a olhar para atrás, onde um relógio de parede antigo mostrava as horas.
Fernanda: Cacete. - A morena reclamou batendo o punho na mesa. - Eu tô atrasada. Foi ótimo te ver de novo Kler, mas eu tenho que ir. Beijo, beijinho, beijão.
