EP-12 / AO SEU LADO

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O FUTURO SENTA AO LADO - THE CHANGES

Guilherme e Paulo

Eu estava tão leve, por ter conversado com Ashley. Estava tudo resolvido, entre eu e ela. Talvez depois eu tivesse, uma conversa séria com minha família. Mas aquele não era o melhor momento.

Após me despedir de Ashley, fui para o quarto ficar com Paulo. Com certeza ele iria precisar de minha ajuda. Ao chegar no quarto, Paulo tinha pegado no sono. Ele dormia tão lindo, eu ficava sentado ao lado dele, passando a mão no cabelo bagunçado dele. E ficamos ali, durante toda a madrugada, eu havia acordado diversas vezes, para verificar como Paulo estava.

(05:23)

- Amor!? Amor! - escutava a voz de alguém, me tocando.

Eu abri lentamente os olhos, e vi Paulo me chamando.

— Oi Paulo! — respondi bocejando.

— Amor, é que a enfermeira, daqui a alguns minutos, irá vir aqui fazer o curativo.— explicou ele lentamente.

— Ah, sim. — falei sorrindo pra ele.

— Bem. É que eu preciso tomar banho, antes dela vir fazer o curativo. Aí... Eu meio que preciso que você me dê banho. — falou ele envergonhado.

— Tudo bem, Amor. — falei sorrindo.
Nossa eu falei amor! Meu Deus.

— Hum... Será que eu escutei direito? Ou você me chamou de amor!? — indagou sarcasticamente.

— Você, escutou! Não irei repetir! Ahh e sobre ontem. Nunca mais faça àquilo, na frente dos outros. Você deixou ela magoada. Aí fui atrás dela e conversamos, e... ainda bem nos resolvemos. — Expliquei olhando sério pra ele.

— Amo, quando você fica sério! — ele incitou sorrindo.

— Bem. Vamos parar de brincadeira. Eu irei te ajudar a se levantar. — falei me levantando em direção a Paulo.

Eu ajudei Paulo a se levantar, bem lentamente. A cirurgia, havia sido bem delicado, tinha que ter muita cuidado e paciência. Cuidadosamente, segurando Paulo a andar, fomos em direção ao banheiro.

Pra falar a verdade, eu estava com um pouco vergonha, de dar banho nele. Eu óbvio, já tinha visto ele pelado. Mas a questão é que, era outra situação o contexto que estávamos.

Entramos no banheiro, e delicadamente fui tirando a bata dele. E pude ver o curativo, e pelo tamanho, a cirurgia devia ter sido enorme. Liguei o chuveiro e esperei a temperatura da água ficar perfeita, e ajudei ele a caminhar até o chuveiro. Eu passava o sabão pelo corpo dele, enquanto ele me olhava atentamente.

E aquela cena, sabe... de dependência, me fez pensar sobre, as muitas vezes que nos achamos auto suficientes, porém em situações como aquela, precisamos de alguém ao nosso lado. Não precisamos de dinheiro, de carro, de bens materiais. Precisamos apenas de carinho e cuidado.

Após terminarmos o banho, enxuguei ele com bastante cuidado, e após enxugar, coloquei uma nova bata. O ajudei a ir para a cama novamente. E logo em seguida, a enfermeira apareceu no quarto. E foi em nossa direção, carregando os curativos.

— Bem rapaz, irei precisar que você levante um pouco sua bata, para mim poder fazer o curativo. — Falou a enfermeira olhando para Paulo.

Era muito engraçado ver a cara de Paulo. Ele ficava todo desconfiado, observando tudo que a enfermeira fazia.

— O senhor sabe onde irá ficar, quando tiver alta? — indagou a enfermeira.

— Bem, eu irei ficar na casa do meu na... — respondeu Paulo quando eu interrompi.

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