Cap.4

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Escrito com karizatekila...

Ela o olhou assustada, levantou da cama rapidamente esquecendo que a blusa estava aberta.

- mas gosto de estar com você, Victoriano você é meu marido, como pode pensar que não gosto de ficar com você?- ela perguntou um pouco magoada sem o entender.

Victoriano respirou fundo, seu corpo queimava de desejo, mais não iria força-la a está com ele só por que ela era sua esposa.
Ele levantou da cama com uma ereção gigante e a respiração pesada, seu corpo formigas de tesão por ela.

- sim sou seu marido, e quero que tenha prazer comigo, não que fique comigo apenas para me satisfazer, quero que fique comigo por que deseja não por obrigação, por você ser minha mulher.

- me ensinaram o contrário do que você está dizendo - ela abaixou a cabeça.

Victoriano bufou de raiva, não gostava de pensar que Inês foi casada com Loreto, não gostava de pensar que ela tinha sido dele, que o tinha trocado por ele, isso o enfureceu mais ainda.

- se foi Loreto quem lhe ensinou isso, ele estava errado, e eu prefiro não saber, prefiro esquecer que você teve uma vida de intimidades com o homem pelo qual me abandonou.

- mas eu não te abandonei, eu nunca faria isso- ela falou com os olhos cheios de lágrimas.

Ele estava desesperado, sempre ficava assim quando tocava nesse assunto, ainda lhe doía o adeus que ela lhe deu, já tinha se passado quase 25 anos, mais nele era como se fosse algo recente.

- eu não entendo Inês, como você diz que não me abandonou? Como? Se foi exatamente o que fez... E para que? Para ficar com Loreto, aquele infeliz que se dizia ser meu melhor amigo.

- você não sabe o que aconteceu, não sabe- ela sentou na cama chorando, era doloroso lembrar do passado.

Ele sentia algo diferente toda vez que ela falava isso, sentia que lhe doía mais do que o normal, era como se ela lhe esconde-se algo.
Ele voltou a se aproximar dela.

- e como eu vou saber Inês, se você nunca mim contou?

- não posso te contar Victoriano, eu tenho muita vergonha de falar isso pra você- ela se encolheu na cama.

Ele abandonou a postura de durão e se aproximou dela.

- Inês... Nós somos casados a 20 anos, você foi e sempre será o grande amor da minha vida... Mais eu sei que você não me ama nem me quer como eu te quero.

- não diga isso por favor, eu... eu te amo Victoriano, mas eu não sou digna de ser sua mulher- ela falou triste.

- se me ama não demostra, nunca demostrou, me deixou Inês, você trocou por ele, sem se importar com meus sentimentos, nunca se entrega de verdade nos nossos momentos de intimidade, sempre quis ele não é? Sempre foi ele...

Ele saiu do quarto sem esperar reposta, seu peito sangrava, todo seu corpo tremia, não adiantava nada, ela não o queria.
...

Ele desceu a escada quase correndo, não deu atenção aos filhos que estavam na sala.

- coroa tô te esperando a um século... Tava se esfregando com a dona era?- Emiliano estava com a cara amarrada.

- agora não Emiliano... Não estou com tempo nem com paciência para as suas brincadeiras...

Diana notou que o pai não estava bem.- papai tem algo errado?

Ele olhou para a filha sem saber o que dizer, tinha que sair dali ou ia explodir.

- Diana leve seu irmão para a empresa e de um serviço para ele... Nem que seja de entregador de café.

E saiu bufando de raiva.
...

Inês da janela do quarto o viu sair a cavalo, ela chorou, doeu ouvir as palavras dele, mas não podia fazer nada, ela não tinha coragem para contar porque o tinha deixado quando eram jovens.
...

Victoriano cavalgou como um louco, queria expulsar aquela dor do seu corpo e também aquele terrível desejo que sentia por ela, seu casamento já tinha 20 anos e ele se perguntava se era certo seguir com uma mulher que queria outro homem, que só casou com ele por pena, para criar suas filhas que tinha ficado sem mãe ao ser assassinada pelo homem por que ela tinha o abandonado.
...

Inês tomou um banho relaxante onde pensou que o melhor era conversar com Victoriano, a vinte anos ela guardava esse segredo, ela vestiu um vestido florido bem leve, desceu as escadas e não encontrou mais nenhum dos seus filhos, ela foi até o estábulo, pegou sua égua e foi atrás de Victoriano, a cada passo que a égua dava seu coração batia mais rápido, ela sabia que depois hoje sua vida ia mudar completamente.

Victoriano estava sentado em uma pedra ele apreciava o correr da água que fluía da cachoeira, sempre encontrou paz Ali, mais hoje não conseguiu esse intuito, ele abraçou o corpo buscando dentro de si a paz que precisava, tinha que tomar uma decisão, não podia prender a mulher que amava a um casamento que ela não queria, ele suspirou, tentado conter uma lágrima que teimou em correr pelo seu rosto.

- sempre que venho aqui, lembro de quando éramos jovens, nós tínhamos o costume de passar o por do sol aqui, você lembra Victoriano?- a voz dela surgiu atrás dele.

Victoriano passou a mão no rosto limpando os vestígios das lágrimas que teimavam a correr, ele virou o corpo e a viu em pé próximo a ele.

- sim eu lembro, lembro de muitas coisas que vivemos no nosso passado... E são essas lembranças que me doem tanto.

- me perdoe Victoriano, me perdoe por não ter demonstrado o quanto eu te amo, eu sei que esses anos todos nunca falei dos meus sentimentos para você, mas eu tinha medo, medo de você não acredita em mim- ela derramou uma lágrima.

Victoriano fechou as mãos com força, ela era tudo que sempre mais quis, tanto amou ela que quando seus filhos sugeriram um casamento entre os dois ele não pensou em mais nada, só na oportunidade de ficar com ela, de tentar fazer com que ela se apaixonasse por ele.

- não sei se o que me diz é verdade Inês, e não sei que rumo tomar nesse nosso casamento... O único que sei e que não quero te força a está comigo quando está claro que isso não é o que você quer.

Continua...

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