A Mulher de um homem rico ficou muito doente. Ao perceber que não resistiria chamou sua única filha e lhe disse: "Filha querida, seja boa e piedosa que o bom Deus sempre lhe protegerá. Eu estarei no céu olhando pra você e nunca te abandonarei."
Dito isso,ela fechou os olhos e morreu. A filha visitava o túmulo de sua mãe todos os dias e se mantinha boa e piedosa, até o inverno acabar e trazer com ele a nova esposa de seu Pai com as duas filhas lindas fisicamente mas muito maldosas psicologicamente da mulher.
Foi então que começou o pior período da vida da moça. As "irmãs" a maltratavam,não a deixavam participar das festas de Família,arrancaram suas belas roupas e a fizeram trabalhar para poder comer,assim começaram a chamá-la de Cinderela.
Um dia, o pai estava indo para a feira e perguntou às duas irmãs o que queriam que ele trouxesse para elas.
"Belos vestidos," disse uma delas,
"Pérolas e jóias," disse a outra.
"E você, Cinderela," perguntou ele, "o que você quer?"
"Pai, traga-me o primeiro galho de árvore que bater em seu chapéu quando estiver voltando para a casa."
Então ele comprou belos vestidos, pérolas e jóias para as enteadas e voltando para a casa passou por um bosque e um ramo de uma aveleira passou pelo seu chapéu.Ele quebrou o ramo e levou consigo. Quando chegou em casa deu às enteadas o que haviam pedido, e para Cinderela ele deu o ramo da aveleira. Cinderella agradeceu, foi até o túmulo de sua mãe, plantou o ramo que ganhou de seu pai, e chorou tanto que as lágrimas chegaram ao chão e regaram a planta. O pequeno ramo cresceu e transformou-se em uma árvore frondosa. Depois disso,Cinderela ia lá três vezes por dia,sentava-se sob a árvore, chorava e rezava. Um passarinho branco sempre vinha para a árvore e se Cinderela expressasse um desejo, o passarinho jogava para ela o que ela pedira.
Um dia o rei anunciou que haveria uma festa que duraria três dias para a qual todas as moças jovens e bonitas do reino estavam convidadas para que o príncipe escolhesse sua noiva. Quando as duas irmãs souberam que estavam convidadas, ficaram eufóricas, chamavam Cinderela e diziam, "penteie nossos cabelos, engraxe nossos sapatos e ajude-nos a nos vestir, porque nós vamos ao casamento no palácio real."
Cinderela chorava e obedecia,e implorava para que a madrasta a deixasse ir,e a Madrasta dizia:
"Você, Cinderela,coberta de pó e sujeira como você sempre está. Você não tem roupas nem sapatos, e nem ao menos sabe dançar."
E mesmo assim Cinderela continuava pedindo. Depois de um tempo a madrasta disse:
"Eu despejei um prato de lentilhas nas cinzas, se você conseguir catar todas em duas horas, deixarei você vir conosco."
A moça foi até a porta dos fundos e chamou:
"Mansas pombinhas e rolinhas
E todas as aves do céu
Venham me ajudar a catar as lentilhas.
As boas no prato,
As ruins no papo."
Logo duas pombinhas brancas entraram pela janela da cozinha, em seguida as rolinhas, e por último todas as aves do céu, vieram numa revoada e pousaram nas cinzas. As pombinhas balançavam a cabeça e começaram a catar e os outros passarinhos fizeram o mesmo. Logo juntaram todos o grãos bons no prato. Não tinha passado nem uma hora quando acabaram o serviço e se foram.
A moça, contente, levou o prato para a Madrasta. Ela acreditava que com isso poderia ir ao baile com elas mas a madrasta disse, "Não, Cinderela, você não tem roupas e não sabe dançar. Você seria motivo de risos."
Como Cinderela começou a chorar, a madrasta disse: se você conseguir catar dois pratos de lentilhas das cinzas em uma hora, poderá ir conosco. Ela achava que desta vez, Cinderela não conseguiria.
Quando a madrasta derramou os dois pratos de lentilhas nas cinzas, a moça foi até a porta dos fundos e chamou
"Mansas pombinhas e rolinhas
E todas as aves do céu
Venham me ajudar a catar as lentilhas.
As boas no prato,
As ruins no papo."
E novamente todos os bichinhos da floresta vieram ajudá-la. Em menos de uma hora Cinderela e seus ajudantes já haviam pegado todas as lentilhas e crente que poderia ir ao Baile dessa vez foi ate a Madrasta que lhe disse:
"Isso não adianta nada. Você não pode ir conosco, pois não tem roupas e não sabe dançar. Só nos faria passar vergonha."
Dito isso, ela virou as costas e partiu com suas orgulhosas filhas.
Enquanto não tinha ninguém em casa, Cinderela foi ao túmulo de sua mãe, sentou-se sob a árvore e disse
"Balance e se agite, árvore adorada,
Me cubra toda de ouro e prata."
O passarinho entregou-lhe um vestido de ouro e prata e sapatos de seda com bordados de prata. Ela vestiu-se com pressa e foi ao baile. A madrasta e as irmãs não a reconheceram e pensaram que deveria ser uma princesas estrangeiras de tão bela que ela estava em seu vestido dourado. Elas nem imaginavam que podia ser Cinderela, e acreditavam que ela estava suja em casa, sentada ao lado do fogão catando lentilhas. O príncipe se aproximou dela, pegou sua mão e dançou com ela. Ele não quis dançar com nenhuma outra moça, não soltou a mão dela por um único instante e, se alguém a convidava para dançar, ele dizia
"Ela é minha dama."
Dançaram até tarde da noite, e então ela quis ir embora. Mas o príncipe disse: "Eu te acompanho" pois ele queria saber a que família tão bela moça pertencia. Ela conseguiu escapar-se dele e se escondeu no pombal. O príncipe esperou em frente à casa até que o pai de Cinderela veio e lhe disse que a moça desconhecida havia se escondido no pombal.
O pai de Cinderela pensou, "Deve ser Cinderela."
Trouxeram um machado e uma picareta e quebraram o pombal em pedacinhos, mas já não tinha ninguém lá dentro.
Quando chegaram em casa, encontraram Cinderela com suas roupas sujas deitada nas cinzas à luz mortiça de uma lamparina.
O que aconteceu foi que Cinderela se escapou rápido pela parte de trás do pombal e correu até a aveleira. Lá ela tirou suas belas vestes, deixou-as sobre o túmulo de sua mãe e o passarinho as levou. Então ela voltou pra casa e deitou-se nas cinzas vestida com seu camisolão.
No dia seguinte, a festa recomeçou. A madrasta e as irmãs foram de novo. Cinderela foi até a aveleira e disse
"Balance e se agite, árvore adorada,
Me cubra toda de ouro e prata."
Logo o passarinho lhe entregou um vestido ainda mais bonito que o da noite anterior. E quando Cinderela apareceu no baile com seu vestido, todos ficaram espantados com tanta beleza. O príncipe, que estava esperando por ela, logo pegou sua mão e não dançou com nenhuma outra moça. Quando outros vinham e a convidavam para dançar, ele dizia "Ela é minha dama."
Quando anoiteceu, ela quis ir embora e o príncipe a seguiu para ver em que casa ela entraria. Mas ela escapou se escondendo no jardim de sua casa. Lá havia uma árvore alta e bela que dava peras maravilhosas. Ela subiu ágil como um esquilo e o príncipe não sabia onde ela estava. Ele esperou até que o pai dela veio e lhe disse:
"A moça desconhecida se escapou de mim e acredito que ela tenha subido na pereira."
O pai pensou: "Deve ser Cinderela." Trouxeram um machado e derrubaram a árvore, mas já não havia ninguém lá.
Quando chegaram em casa, encontraram Cinderela com suas roupas sujas deitada nas cinzas à luz mortiça de uma lamparina.
O que aconteceu foi que Cinderela se escapou rápido pela parte de trás da árvore e correu até a aveleira. Lá ela tirou suas belas vestes, deixou-as sobre o túmulo de sua mãe e o passarinho as levou. Então ela voltou pra casa e deitou-se nas cinzas vestida com seu camisolão.
No terceiro dia, quando a madrasta e as irmãs já tinham saído, Cinderela foi mais uma vez até o túmulo de sua mãe e disse para a aveleira
"Balance e se agite, árvore adorada,
Me cubra toda de ouro e prata."
E o passarinho lhe trouxe um vestido ainda mais explêndido e magnificente que os outros e sapatinhos de ouro. E quando ela chegou ao baile, todos emudeceram de admiração. O príncipe dançou apenas com ela e para todos que a convidavam para dançar, ele dizia: "Ela é minha dama".
Quando a noite chegou, Cinderela quis ir embora e o príncipe estava ansioso para ir com ela. Mas ela escapou-se tão rápido que ele não conseguiu segui-la. O príncipe, desta vez, usou a inteligência: mandou que passassem piche na escadaria e, quando a moça passou, o sapato do pé esquerdo ficou grudado. O príncipe pegou o sapatinho: era pequenino, gracioso e todo de ouro.
Na manhã seguinte, ele disse a seu pai que não se casaria com nenhuma moça, a não ser a dona do pé que coubesse neste sapato e saiu a procura de sua Amada. As duas irmãs ficaram felizes pois tinham pés pequenos. A mais velha entrou no quarto com o sapato e tentava calçá-lo enquanto sua mãe olhava. Mas ela não conseguiu colocar o sapato por causa de seu dedão do pé. O sapato era muito pequeno para ela. Então a mãe lhe deu uma faca e disse:
"Corta o dedão, quando você for rainha, não precisará andar muito a pé."
A moça cortou fora o dedão, forçou o pé para dentro do sapato, disfarçou a dor e foi ver o príncipe. Ele colocou-a na garupa de seu cavalo e saiu com ela como se fosse sua noiva. Eles tinham que passar pelo túmulo da mãe de Cinderella, e quando por lá passaram, da aveleira duas pombinhas cantaram
"Olhe para trás, olhe para trás,
há sangue no sapato,
o sapato é pequeno demais,
sua noiva lhe espera muito atrás."
Então ele olhou para o pé dela e viu o sangue pingando. Ele deu meia volta com o cavalo e levou a falsa noiva de volta para a casa, e disse para a outra irmã calçar o sapato. Ela colocou seus dedos do pé sem problemas, mas deu calcanhar era largo demais. A madrasta deu-lhe uma faca e disse:
"Corta fora um pedaço do teu calcanhar, quando fores rainha não precisarás andar a pé."
A moça cortou um pedaço de seu calcanhar, forçou seu pé para dentro do sapato, disfarçou a dor e foi ver o príncipe. Ele colocou-a na garupa de seu cavalo e saiu com ela como se fosse sua noiva. Quando passaram pela aveleira, duas pombinhas cantaram
"Olhe para trás, olhe para trás,
há sangue no sapato,
o sapato é pequeno demais,
sua noiva lhe espera muito atrás."
Ele olhou para o pé dela e viu o sangue escorrendo pelo sapato e manchando a meia de vermelho. Ele deu meia volta com o cavalo e levou a noiva falsa de volta para casa.
"Esta também não é a noiva certa," disse ele, "vocês não têm outra filha?"
"Não," disse o homem, "temos apenas a pequena e raquítica ajudante de cozinha, filha de minha ex-mulher, mas não é possível que ela seja a noiva." O príncipe pediu para vê-la, mas a mulher disse "oh, não! Ela está sempre muito suja. Não está apresentável. Mas o príncipe insistiu e Cinderela foi chamada.
Ela primeiro lavou suas mãos e o rosto, e curvou-se diante do príncipe que entregou-lhe o sapatinho de ouro. Ela sentou-se em um banquinho, tirou o pesado sapato de madeira, e calçou o sapatinho de ouro, que serviu como uma luva. Ela ergueu-se e o príncipe olhou para o seu rosto e reconheceu a bela moça com quem tinha dançado e disse:
"Esta é a noiva verdadeira."
A madrasta e suas filhas estavam horrorizadas e ficaram pálidas de raiva, ele, entretanto, colocou Cinderela sobre seu cavalo e levou-a consigo.
Quando passaram pela aveleira, as duas pombinha cantaram:
"Olhe para trás, olhe para trás,
não tem sangue no sapato,
que não lhe é apertado,
É com a noiva certa que estás."
E depois de cantar, as duas pombinhas pousaram nos ombros de Cinderela, uma no direito, a outra no esquerdo, e ficaram sentadinhas lá.
Na cerimônia do casamento do príncipe, as duas irmãs falsas foram e queriam ficar de bem com Cinderela e dividir com ela a boa fortuna que teve. Quando os noivos chegaram à igreja, as pombas atacaram as falsas irmãs arrancando-lhe os olhos fazendo-as ficarem cegas por toda a eternidade, enquanto Cinderela viveu feliz para sempre!Fonte: Blogspot
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Os verdadeiros contos de fadas
Short StoryVocê já se perguntou de onde vem os contos de fadas? Esse livro trata sobre as primeiras versões dos contos já inventados. 🌟 Classificações 🌟 1° lugar em contos de fadas: 24/12/18 19# em Belaadormecida: 14/05/19 19# em chapeuzinhovermelho: 29/05...